National Review, o moderno conservadorismo americano e a luta para "salvar" os EUA do comunismo, do liberalismo e da integração racial (1955-1959)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.167096

Palavras-chave:

Estados Unidos, conservadorismo, liberalismo, segregação racial, Guerra Fria

Resumo

O movimento conhecido como moderno conservadorismo americano toma forma na década de 1950 com pelo menos dois objetivos primordiais: no plano externo, combater a ameaça representada pelo comunismo internacional e, no plano doméstico, subverter a dominância exercida pelo liberalismo do New Deal, cuja influência no governo, na sociedade e na cultura fragilizaria a posição dos EUA na Guerra Fria e poria em risco os melhores valores nacionais. Este artigo examina algumas das premissas desse conservadorismo tomando como amostragem a revista National Review, fundada por William F. Buckley Jr. Em particular, analisa-se como a publicação abordou o fim da segregação racial nas escolas públicas, determinada pela Suprema Corte dos Estados Unidos em 1954.

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Biografia do Autor

  • Rodrigo Farias de Sousa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense, professor adjunto de História da América no Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro – RJ – Brasil.

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Publicado

2021-03-25

Edição

Seção

DOSSIÊ: Direitas nos Estados Unidos e Brasil durante a Guerra Fria

Como Citar

SOUSA, Rodrigo Farias de. National Review, o moderno conservadorismo americano e a luta para "salvar" os EUA do comunismo, do liberalismo e da integração racial (1955-1959). Revista de História, São Paulo, n. 180, p. 1–31, 2021. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.167096. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/167096.. Acesso em: 19 abr. 2024.