Práticas curatoriais contemporâneas: autoria, negociações e colaborações
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8354.v6i6p153-174Palavras-chave:
arte contemporânea, curadoria, curadoria autoral, curador artista, práticas colaborativasResumo
O artigo discute brevemente a formação dos primeiros museus modernos e a constituição de seus acervos para compreender quando o aparecimento de uma figura que “zelasse” por essas coleções passou a ser solicitada pelo sistema da arte A partir das transformações dos espaços expositivos até o cubo branco moderno – modelo que se firmou e ainda ecoa como resposta para as mais variadas proposições expositivas – surgiria o curador, cuja função se situa entre a instituição, a crítica e a prática artística. No entanto, seria a partir de meados do século XX que a curadoria se firmaria como presença constante no campo da arte, seja por seu papel na formação de público (como mediador dos diálogos entre artistas e exposição), seja por intermediar as cada vez mais complexas relações entre artistas e instituições. Assim, a prática curatorial e seus desafios são discutidos aqui por meio de autores como Terry Smith, Hans Ulrich Obrist e Claire Bishop, e também em exposições como as Number Exhibitions (1969-1973) de Lucy Lippard, When attitudes become form: live in your head (1969) de Harald Szeemann, Magiciens de la Terre (1973) de Jean-Hubert Martin. São exemplos em que questões autorais no trabalho do curador bem como a ideia de um curador-artista se fizeram presentes. Por fim, comentaremos eventos de arte motivados pelo universo doméstico, em que o debate sobre autoria e também sobre aspectos colaborativos borrariam as fronteiras entre práticas artísticas e curatoriais, como em Kitchen Show (1991), em Moradas do Íntimo (Brasília, 2009), Estudos de Recepção (Vitória e Vila Velha, 2015), entre outras.
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