A adoção de um currículo interdisciplinar na educação e no estudo das culturas eruditas e populares no contexto brasileiro

Autores

  • Sonia Regina Albano de Lima Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2020.178044

Palavras-chave:

Interdisciplinaridade, Concepção a-histórica, Concepção histórico-dialética, Currículo interdisciplinar, Produção musical

Resumo

O texto que se segue analisa as duas concepções de interdisciplinaridade - a concepção a-histórica e a concepção histórico dialética, tanto nas ciências como na educação. Sob essa perspectiva serão avaliados os currículos interdisciplinares com o intuito de minimizar a fragmentação epistemológica instaurada após o cartesianismo. Nesse sentido gestores da educação devem apresentar propostas curriculares interdisciplinares focadas em três dimensões epistemológicas de forma integrada – dimensão ética, cultural e social. Os relatos aqui produzidos estão fundamentados basicamente nos escritos de M. F. Gomes da Silva (2009) e A. C. Lopes e E. Macedo (org) (2005). O texto culmina com a análise de E. Fubini, entre outros musicólogos, apontando o isolamento epistemológico presente na produção musical contemporânea, o que corrobora um fazer musical fragmentado e hiperespecializado, na contramão de um padrão cultural híbrido instaurado na sociedade contemporânea. 

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Biografia do Autor

  • Sonia Regina Albano de Lima, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

    Sonia Regina Albano de Lima. Doutorado em Comunicação e Semiótica - Artes (PUC/SP, 1999); pós-doutorado em interdisciplinaridade e educação pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade da PUC-SP (GEPI-PUC/SP), sob a orientação da Prof. Dr. Ivani C. A. Fazenda; pós-doutorado em Música no IA-UNESP (2015), sob supervisão da Prof. D. Yara Caznók, pós-graduação lato sensu em práticas instrumentais e música de câmara ( Faculdade de Música Carlos Gomes- FMCG); especialização em interpretação musical e música de câmara com o Prof. Walter Bianchi ( FMCG); bacharelado em instrumento - piano (FMCG, 1982); bacharelado em direito (USP, 1973); licenciatura curta em educação musical e habilitação para o ensino de piano (Instituto Musical de São Paulo, 1967). Estudou piano e música de câmara com os professores Martin Braunwieser, Sonia Muniz, Roberto Sabbag e Walter Bianchi. Participou de cursos de extensão com intérpretes nacionais e internacionais, entre eles destacam-se: Bruno Seidholfer, Camargo Guarnieri, Rosalyn Tureck, Sérgio Magnani e Homero Magalhães. Foi professora de piano da Escola Municipal de Música (EMM) de 1975 a 1999. Na FMCG foi professora de música de câmara e piano (1983 a 1993); vice-diretora (1985 a 1999); diretora executiva (1999 a 2010); coordenadora pedagógica dos cursos de graduação (canto, instrumento, composição e regência) e pós-graduação lato sensu em educação musical e música (1998 a 2009). Foi professora pesquisadora da UNIABC de 2010 a 2012 para a implantação do Mestrado Profissional em Educação; bolsista coordenadora de pesquisa da FUNADESP (2012). É professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Música do IA-UNESP desde 2005. Foi diretora e coordenadora artística da Escola de Música de São Paulo de 2013 a 2014. É pesquisadora junto ao GEPI-PUC/SP e líder de pesquisa do Grupo de Pesquisa em Educação Musical do IA-UNESP (G-PEM- IA-UNESP). Foi colaboradora no Projeto Pensar e Fazer Arte da PUC/SP sob a organização do Prof. Dr. Cláudio Picollo. Autora e organizadora de livros, coletâneas e textos de revistas científicas voltadas para a interdisciplinaridade, performance e educação musical. Foi Presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música de 2015 a 2019.

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Publicado

2020-12-21

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

A adoção de um currículo interdisciplinar na educação e no estudo das culturas eruditas e populares no contexto brasileiro . (2020). Revista Da Tulha, 6(2), 90-118. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2020.178044