Cérebro transparente com a histologia CLARITY
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v95i1p1-5Palavras-chave:
Eletroforese, Histoquímica, Fluorescência, Morfologia, Permeabilidade Macromolecular, Macromoléculas in Situ.Resumo
A microscopia e as técnicas histológicas avançaram muito nossa compreensão da estrutura celular do tecido nervoso. No entanto, a complexa organização tridimensional dos neurônios, células gliais e da vasculatura é perdida no fatiamento do tecido nervoso para sua observação ao microscópio. Métodos elaborados e demorados são utilizados para reconstruir a organização tridimensional dessas células. A técnica histológica CLARITY preserva a estrutura das proteínas celulares “in situ” e torna o tecido nervoso transparente à luz, removendo a grande quantidade de lipídios presente nesse tecido, permitindo estudos envolvendo grandes volumes de diferentes regiões do cérebro. Esta histologia é feita por perfusão de monômeros que, após a polimerização criam um hidrogel híbrido da proteína com o monômero, permitindo a remoção eletroforética dos lipídios, tornando o tecido transparente à luz. Isso permite a visualização de grandes volumes do tecido em microscópios de fluorescência após marcação das proteínas de interesse por imunohistoquímica.