Dermatite das fraldas, fisiopatologia e tratamento: revisão de literatura

Autores

  • James da Silva Rocha Filho Centro Univesitário UNINOVAFAPI, Curso de Medicina
  • Carlos Gilvan Nunes de Carvalho Centro Universitário UNINOVAFAPI, Curso de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p183-186

Palavras-chave:

Dermatite das fraldas/fisiopatologia, Fenômenos fisiológicos da pele, Terapêutica.

Resumo

Introdução: A dermatite de Jacquet (DJ) é uma dermatite de contato por irritante primário de caráter multifatorial, que possui pico de incidência entre o sétimo e o décimo segundo mês de vida, sendo que 50% dos infantes serão acometidos por tal enfermidade em algum grau. Portanto, a DJ é a afecção cutânea mais frequente na primeira infância. Clinicamente a enfermidade caracteriza-se por pápulas salientes e firmes, de coloração vermelho-escura ou violácea, que sucedem uma fase vésico-erosivo-ulcerativa. Objetivo: O estudo possui como objetivo prover informações acerca de um subtipo morfológico raro de dermatite irritativa das fraldas na prática clínica, a DJ. Dessa forma, espera-se contribuir para facilitar o diagnóstico e condutas terapêuticas tanto por profissionais quanto por acadêmicos. Metodologia: Foi feito uma revisão nas principais bases de dados buscando artigos que contemplassem o assunto. Discussão: A DJ é interpretada como o resultado final de uma cascata de eventos, desencadeada inicialmente por lesões no nível do estrato córneo, induzidas por exposição a múltiplos fatores, tais como: hiper-hidratação, fricção, temperatura, irritantes químicos, urina e fezes. Portanto, após o comprometimento da barreira cutânea, vários fatores adicionais do mesmo tipo potencializam essas alterações originando um ciclo vicioso vulnerável às infecções por agentes microbianos oportunistas, como Candida albicans, que é fator agravante frequente. Por isso, o desenvolvimento da dermatite da área da fralda irritativa primária possui caráter multifatorial. Conclusão: Por ser a afecção cutânea mais prevalente na primeira infância, constituindo fonte significativa de desconforto para a criança, é importante que se conheça a fisiopatologia da doença para que haja a correta prevenção e tratamento. A melhor conduta é a prevenção. Ademais, nos últimos tempos, observou-se diminuição da frequência e gravidade da dermatite da área das fraldas, principalmente, devido à melhoria na qualidade do material utilizado em sua confecção, o que contribuiu sobremaneira para o avanço nos cuidados de higiene.

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Biografia do Autor

  • James da Silva Rocha Filho, Centro Univesitário UNINOVAFAPI, Curso de Medicina

    Acadêmico de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Membro efetivo da Liga de Anatomia Clínica e Cirúrgica da Universidade Federal do Piauí e da Liga Acadêmica de Estudos Neurológicos e Neurocirúrgicos; Monitor remunerado da disciplina institucional de Neuroanatomia do Centro Universitário UNINOVAFAPI; Com interesse nas áreas de Cirurgia, Neurologia e Oncologia.

  • Carlos Gilvan Nunes de Carvalho, Centro Universitário UNINOVAFAPI, Curso de Medicina

    Graduação em medicina pela Universidade Federal do Piauí-UFPI (2003), residência médica em Infectologia pela UFPI (2008) e mestrado pelo programa de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), curso de mestrado em medicina tropical (2013-2015). Atualmente exerçe os cargos de médico da Prefeitura Municipal de Teresina, Piauí (secretaria Municipal de Saúde); Coordena o Núcleo de Doenças Negligenciadas da Gerência de Epidemiologia da FMS de Teresina. Exerce a função de professor das disciplinas de Propedêutica Médica e de Doenças Infectocontagiosas, curso de graduação em Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI.

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Publicado

2017-09-29

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Rocha Filho, J. da S., & Carvalho, C. G. N. de. (2017). Dermatite das fraldas, fisiopatologia e tratamento: revisão de literatura. Revista De Medicina, 96(3), 183-186. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p183-186