Docentes médicos e internos do curso de medicina estão preparados para uma boa prática médica no atendimento aos portadores de doença falciforme?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p128-134

Palavras-chave:

Anemia falciforme, Anemia falciforme/epidemiologia, Pessoal de saúde, Conhecimentos, atitudes e prática em saúde, Educação médica/recursos humanos.

Resumo

Doença falciforme é uma denominação dada ao conjunto de hemoglobinopatias. Estima-se que existam no Brasil de 25 mil a 30 mil portadores de doença falciforme e que surjam, anualmente, 3.500 novos casos. No estado de São Paulo, temos uma incidência de 1:4000 nascidos vivos. Ainda não há dados consistentes sobre a mortalidade e a letalidade da doença falciforme no Brasil. É importante ressaltar que os profissionais de saúde sejam devidamente treinados para que as taxas de mortalidade continuem a decrescer. Para tanto, este trabalho tem como objetivo analisar a capacitação de estudantes internos de medicina, bem como seus docentes em relação a doença falciforme. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal quantitativo, com alunos do 5º e 6º ano e docentes médicos da Universidade Cidade de São Paulo. Foi aplicado um questionário com 5 perguntas. Resultados e discussão: Os resultados mostraram que os alunos e os docentes sabiam o que era doença falciforme; com relação ao diagnóstico a maioria dos estudantes tinha este conhecimento e todos os docentes saberiam diagnosticá-la; com relação as manifestações clínicas, a maioria dos alunos souberam responder à pergunta e 100% dos docentes responderam que sim; com relação a quarta pergunta tanto os alunos quanto os docentes conheciam com maior frequência as manifestações gerais observadas. E com relação ao tratamento, foi observado que os alunos das etapas 9ª e 12ª, bem como os docentes médicos tinham o devido conhecimento do tratamento das manifestações agudas da doença falciforme, ao contrário dos alunos da 10ª e 11ª etapas, que relataram desconhecer o tratamento destas manifestações. Nossos estudos apontam para a importância do adequado conhecimento da doença, seu diagnóstico, suas manifestações clínicas e tratamento no meio acadêmico para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com esta doença, bem como diminuir significativamente a taxa de mortalidade de pacientes portadores de doença falciforme.

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Biografia do Autor

  • Marjorie Orquisa Carlos, Universidade Cidade de São Paulo
    Estudante de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo.
  • Patrícia Brigatte
    Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestrado e Doutorado em Patologia Experimental Comparada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo - USP; Tutora e Pesquisadora Científica da Universidade de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo.
  • Helio Alvimar Loterio, Universidade Cidade de São Paulo
    Doutorado em Medicina (Hematologista) pela Universidade de São Paulo; Membro do NAE (Núcleo de Apoio ao Estudante, da Faculdade de Medicina de Jundiaí), Tutor da Universidade Cidade de São Paulo.

Publicado

2018-06-15

Edição

Seção

Artigos/Articles

Como Citar

Carlos, M. O., Brigatte, P., & Loterio, H. A. (2018). Docentes médicos e internos do curso de medicina estão preparados para uma boa prática médica no atendimento aos portadores de doença falciforme?. Revista De Medicina, 97(2), 128-134. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p128-134