Febre amarela no Brasil

da história ao risco de reemergencia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p334-340

Palavras-chave:

Febre Amarela, Vacinação, Tratamento, Epidemiologia, Brazil, Virologia, História

Resumo

A Febre Amarela é uma doença infecciosa causada pelo vírus da Febre Amarela (YFV), pertencente ao gênero Flavivirus. A doença é transmitida por picada de artrópodes e ocorre exclusivamente nas Américas Central e do Sul e na África causando periodicamente surtos isolados ou epidemias de importante impacto para a saúde pública. O tratamento desta doença é voltado para o combate aos sintomas clínicos, não havendo um medicamento específico contra o vírus. O presente estudo, fez um levantamento dos dados epidemiológicos e vacinais no Brasil através de busca nas principais bases de dados. Observou-se que no ano de 2017, com o surto epidêmico mais severo dos últimos 30 anos, com aproximadamente 800 casos notificados, o Ministério da Saúde teve como estratégia a intensificação da vacinação em áreas com risco iminente da circulação do vírus, distribuindo mais de 17 milhões de doses da vacina. Entretanto, a reemergencia da Febre Amarela é um risco potencial em cidades com grande densidade populacional do vetor urbano, tornando-se um grande problema de saúde pública.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Thalita Thereza Sestito Tartaglia, Faculdade Faceres

    Discente da 10 etapa do Curso de Medicina da Faculdade Faceres, São José do Rio Preto

  • Carolina Colombelli Pacca, Faculdade Faceres

    Docente da Faculdade Faceres, São Jose do Rio Preto/SP

Referências

Vasconcelos PF. Febre amarela. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(2):275-93. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822003000200012.

Monath TP. Yellow fever: an update. Lancet Infect Dis. 2001;1(1):11-20. doi: 10.1016/S1473-3099(01)00016-0.

Vasconcelos PFR, Pinheiro FP, Rosa JFST. Arboviroses. In: Veronesi R. Tratado de infectologia. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2005. v.1, p. 289-302.

Fonseca BAL, Figueiredo LTM. Dengue. In: Veronesi R. Tratado de infectologia. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2005. v. 1, p. 343-56.

Figueiredo LT. Febres hemorrágicas por vírus no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2006;39(2):203-10. http://dx.doi.rg/10.1590/S0037-86822006000200014.

Figueiredo LTdF, B.A.L. Febre amarela. In: Veronesi: Tratado de Infectologia. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2005. p.389-97.

Franco O. História da febre amarela no Brasil. Rev Bras Malariol Doenças Trop. 1969;21:315-520.

Fonseca BAL, Figueiredo LTM. Dengue. In: Veronesi: Tratado de infectologia. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2005. p.343-56.

dos Santos CN, Post PR, Carvalho R, Ferreira, II, Rice CM, Galler R. Complete nucleotide sequence of yellow fever virus vaccine strains 17DD and 17D-213. Virus Res. 1995;35(1):35-41. doi: 10.1016/0168-1702(94)00076-o.

Rice CM, Lenches EM, Eddy SR, Shin SJ, Sheets RL, Strauss JH. Nucleotide sequence of yellow fever virus: implications for flavivirus gene expression and evolution. Science. 1985;229(4715):726-33. doi: 10.1126/science.4023707

Chambers TJ, Hahn CS, Galler R, Rice CM. Flavivirus genome organization, expression, and replication. Annu Rev Microbiol. 1990;44:649-88. doi: 10.1146/annurev.mi.44.100190.003245.

Knipe DMH, Peter M. Flaviviridae. In: Fields virology. 5th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2007. p.1101-303.

Stiasny K, Heinz FX. Flavivirus membrane fusion. J Gen Virol. 2006;87(Pt 10):2755-66. doi: 10.1099/vir.0.82210-0.

Figueiredo LT. The recent arbovirus disease epidemic in Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2015;48(3):233-4. doi: 10.1590/0037-8682-0179-2015.

Benchimol JL. História da febre amarela no Brasil. Hist Ciên Saúde-Manguinhos. 1994;1(1):121-4. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701994000100010.

Gould EA, Solomon T. Pathogenic flaviviruses. Lancet. 2008;371(9611):500-9. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(08)60238-X.

De Paula SO, Fonseca BA. Dengue: a review of the laboratory tests a clinician must know to achieve a correct diagnosis. Braz J Infect Dis. 2004;8(6):390-8. doi: /S1413-86702004000600002

Philip Samuel P, Tyagi BK. Diagnostic methods for detection & isolation of dengue viruses from vector mosquitoes. Indian J Med Res. 2006;123(5):615-28.

de Morais Bronzoni RV, Baleotti FG, Ribeiro Nogueira RM, Nunes M, Moraes Figueiredo LT. Duplex reverse transcription-PCR followed by nested PCR assays for detection and identification of Brazilian alphaviruses and flaviviruses. J Clin Microbiol. 2005;43(2):696-702. doi: 10.1128/JCM.43.2.696-702.2005

Elnifro EM, Ashshi AM, Cooper RJ, Klapper PE. Multiplex PCR: optimization and application in diagnostic virology. Clin Microbiol Rev. 2000;13(4):559-70. doi: 10.1128/cmr.13.4.559-570.2000

Kuno G. Universal diagnostic RT-PCR protocol for arboviruses. J Virol Methods. 1998;72(1):27-41.

Hughes HR, Russell BJ, Mossel EC, Kayiwa J, Lutwama J, Lambert AJ. Development of a real-time RT-PCR assay for the global differentiation of yellow fever virus vaccine adverse events from natural infections. J Clin Microbiol. 2018;56(6):pii: e00323-18. doi: 10.1128/JCM.00323-18.

Wilson HL, Tran T, Druce J, Dupont-Rouzeyrol M, Catton M. Neutralization Assay for Zika and Dengue Viruses by Use of Real-Time-PCR-Based Endpoint Assessment. J Clin Microbiol. 2017;55(10):3104-12. doi: 10.1128/JCM.00673-17

Muller VD, Russo RR, Cintra AC, Sartim MA, Alves-Paiva Rde M, Figueiredo LT, et al. Crotoxin and phospholipases A(2) from Crotalus durissus terrificus showed antiviral activity against dengue and yellow fever viruses. Toxicon. 2012;59(4):507-15. 2004;8(6):390-8. doi: 10.1016/j.toxicon.2011.05.021.

Vidotto A, Morais AT, Ribeiro MR, Pacca CC, Terzian AC, Gil LH, et al. Systems biology reveals NS4B-cyclophilin A Interaction: a new target to inhibit YFV replication. J Proteome Res. 2017;16(4):1542-55. doi: 10.1021/acs.jproteome.6b00933.

Pacca CC, Marques RE, Espindola JWP, Filho G, Leite ACL, Teixeira MM, et al. Thiosemicarbazones and Phthalyl-Thiazoles compounds exert antiviral activity against yellow fever virus and Saint Louis encephalitis virus. Biomed Pharmacother. 2017;87:381-7. doi: 10.1016/j.biopha.2016.12.112.

Albarnaz JD, De Oliveira LC, Torres AA, Palhares RM, Casteluber MC, Rodrigues CM, et al. MEK/ERK activation plays a decisive role in yellow fever virus replication: implication as an antiviral therapeutic target. Antiviral Res. 2014;111:82-92. doi: 10.1016/j.antiviral.2014.09.004.

Pacca CC, Severino AA, Mondini A, Rahal P, D’Avila S G, Cordeiro JA, et al. RNA interference inhibits yellow fever virus replication in vitro and in vivo. Virus Genes. 2009;38(2):224-31. doi: 10.1007/s11262-009-0328-3.

Benchimol JL. Febre amarela: a doença e a vacina, uma história inacabada. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Vacinação Febre amarela. Brasília; 2017. Disponível em: http://www.saude.gov.br/assessoria-de-imprensa/920-saude-de-a-a-z/febre-amarela/10771-vacinacao-febre-amarela.

World Health Organization (WHO). Yellow fever 2019. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/yellow-fever.

Fonseca BF. Febre amarela. In: Veronesi R. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu; 1996. p.251-7.

Eliminate Yellow fever Epidemics (EYE): a global strategy, 2017-2026. Wkly Epidemiol Rec. 2017;92(16):193-204. doi: https://apps.who.int/iris/handle/10665/255703.

Hamlet A, Jean K, Yactayo S, Benzler J, Cibrelus L, Ferguson N, et al. POLICI: A web application for visualising and extracting yellow fever vaccination coverage in Africa. Vaccine. 2019;37(11):1384-8. doi: https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2019.01.074

Hughes HR, Kayiwa J, Mossel EC, Lutwama J, Staples JE, Lambert AJ. Phylogeny of yellow fever virus, Uganda, 2016. Emerg Infect Dis. 2018;24(8). doi: 10.3201/eid2408.180588.

Douam F, Ploss A. Yellow fever virus: knowledge gaps impeding the fight against an old foe. Trends Microbiol. 2018;26(11):913-28. doi: 10.1016/j.tim.2018.05.012.

Pan American Health Organization. World Health Organization. Epidemiological Update Yellow Fever. 6 March 2019. Washington, DC: PAHO/WHO; 2019. Available from: https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&view=download&category_slug=yellow-fever-2194&alias=47954-6-march-2019-yellow-fever-epidemiological-update&Itemid=270&lang=en.

Tauil PL, Santos JB, Moraes MAP. Febre amarela. Dinâmicas das doenças infecciosas e parasitárias. II. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p.1755-65.

Brasil. Ministério da Saúde. Febre amarela: sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção Brasília; 2019. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao.

Van der Stuyft P, Gianella A, Pirard M, Cespedes J, Lora J, Peredo C, et al. Urbanisation of yellow fever in Santa Cruz, Bolivia. Lancet. 1999;353(9164):1558-62. doi: 10.1016/s0140-6736(99)03291-2.

Brasil. Ministério da Saúde. Monitoramento de febre amarela no Brasil. Brasília; 2008. Disponível em: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/doencas/febre_amarela/boletim_febre_amarela_09_12_09.pdf.

Pivetta M. A ameaça da febre amarela. Rev Pesqui Fapesp. 2017;253. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2017/03/17/a-ameaca-da-febre-amarela/.

Brasil. Ministério da Saúde. Monitoramento de febre amarela no Brasil. Brasília; 2019. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/13/Informe-de-Monitoramento-de-Febre-Amarela-Brasil--n-18.pdf.

São Paulo (Estado). Governo. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac. Divisão de Zoonoses. Boletim epidemiológico febre amarela - 2018. São Paulo; 2018. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-zoonoses/doc/famarela/fa18_boletim_epid_0312.pdf.

São Paulo (Estado). Governo. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac. Divisão de Zoonoses. Boletim epidemiológico febre amarela, 2017: São Paulo; 2017. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-zoonoses/doc/famarela/fa17_2612boletim_epidemiologico.pdf.

Massad E, Burattini MN, Coutinho FA, Lopez LF. Dengue and the risk of urban yellow fever reintroduction in Sao Paulo State, Brazil. Rev Saude Publica. 2003;37(4):477-84. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102003000400013.

Figueiredo LT. The Brazilian flaviviruses. Microbes Infect. 2000;2(13):1643-9. doi: https://doi.org/10.1016/S1286-4579(00)01320-4.

Downloads

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Artigos de Revisão/Review Articles

Como Citar

Tartaglia, T. T. S., & Pacca, C. C. (2019). Febre amarela no Brasil: da história ao risco de reemergencia. Revista De Medicina, 98(5), 334-340. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p334-340