Avaliação da média de ressangramento em pacientes pediátricos com trombose da veia porta que fizeram uso de profilaxia endoscópica e/ou medicamentosa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i4p396-401

Palavras-chave:

hipertensão portal, varizes esofágicas, propranolol, escleroterapia, ligadura., Varizes esofágicas e gástricas

Resumo

Introdução: A hipertensão portal (HP) resulta da obstrução venosa portal extra-hepática cuja principal etiologia na faixa etária pediátrica é a trombose da veia porta. A complicação mais temida da HP é a hemorragia digestiva alta decorrente da ruptura das varizes esofágicas. Estima-se que cerca de 70-79% das crianças com Trombose de veia prota (TVP) apresentarão pelo menos um episódio de hemorragia digestiva alta durante sua vida. A abordagem é dividida da seguinte forma: profilaxia primária, tratamento de episódios hemorrágicos agudos e profilaxia secundária. Os métodos profiláticos disponíveis englobam modalidades farmacológica, terapia endoscópica e cirurgia. Objetivos: avaliar a taxa de ressangramento por ruptura de varizes esofágicas e/ou gástricas em pacientes que utilizam profilaxia secundária com propranolol e/ou procedimentos endoscópicos, acompanhados no ambulatório de hepatologia pediátrica do IMIP. Método: Estudo analítico, retrospectivo, realizado por meio da análise do prontuário do paciente. O programa utilizado para análise estatística foi o software “R” versão 3.3.1 Resultados: A taxa global de ressangramento independente do tipo de profilaxia utilizada foi de 1,5 vezes. Os procedimentos mais utilizados para controle de sangramento foram o tratamento endoscópico com escleroterapia e ligadura elástica (n=10), seguidos do uso de tratamento endoscópico e medicamentoso com propranolol (n=9). Ao avaliar a frequência de ressangramento observa-se que os pacientes que realizaram apenas escleroterapia (n=6) apresentaram média de ressangramento de 2,16 vezes. Os pacientes que realizaram apenas ligadura elástica (n=2) ou propranolol (n=3) não apresentaram novos sangramentos. Conclusões: O presente estudo mostra uma menor média de ressangramento naqueles pacientes que fizeram uso de ligadura elástica ou propranolol isoladamente. No entanto, novos estudos na faixa etária pediátrica, são necessários para avaliação da real eficácia e segurança de cada método especificamente.

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Biografia do Autor

  • Lígia Patrícia e Carvalho Batista Éboli, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP)

    Hepatologista pediatra no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) e da Unidade de Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Gastroenterologista e hepatologista pediatra da clínica Real Hepato do Real Hospital Português e Tutora do curso de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS).

  • Maria Carolina Amando do Nascimento Matias, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP)

    ACADÊMICA DE MEDICINA

  • Raquel Nogueira Cordeiro, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP)

    Graduanda em Medicina pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS/IMIP). Possui experiência internacional (México) como estagiária na especialidade Emergências Médicas (2015), além de ter atuado como monitora da disciplina de Semiologia Médica (2015) e como monitora da disciplina de imagens: histologia, patologia e radiologia (2017) e de ter proferido palestra para acadêmicos em Odontologia (2016). Atualmente, é pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Brasil, colaboradora de pesquisa pelo CNPq, pela Faculdade Pernambucana de Saúde e pelo Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira - IMIP. Além disso, atua na vice-presidência da Liga Acadêmica de Cirurgia Videolaparoscópica de Pernambuco - LCV-PE.

  • Gabriela Maria Carvalho Araújo, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP)

    ACADÊMICA DE MEDICINA

  • Emanuel Alexandre Amando Souza, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP)

    ACADÊMICO DE MEDICINA

  • Diego Laurentino Lima, Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco (HSE)

    Residente de cirurgia geral do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco, Recife, Brasil.

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Publicado

2018-12-17

Edição

Seção

Artigos/Articles

Como Citar

Éboli, L. P. e C. B., Matias, M. C. A. do N., Cordeiro, R. N., Araújo, G. M. C., Souza, E. . A. A., & Lima, D. L. (2018). Avaliação da média de ressangramento em pacientes pediátricos com trombose da veia porta que fizeram uso de profilaxia endoscópica e/ou medicamentosa. Revista De Medicina, 97(4), 396-401. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i4p396-401