Hanseníase virchowiana e eritema nodoso hanseníco em gestante de 34 semanas sem diagnóstico prévio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i1e-170709

Palavras-chave:

Doenças negligenciadas, Hanseníase, Hanseníase Virchowiana, Eritema nodoso, Complicações infecciosas na gravidez

Resumo

Relatamos um caso de uma paciente feminina, gestante de terceiro trimestre, em acompanhamento pré-natal regular na unidade básica de saúde, com boa evolução gestacional, porém apresentando lesões de pele há cerca de um ano, acompanhadas de alteração de sensibilidade, além de fáscies infiltrada e madarose. Sendo o Brasil um país endêmico em Hanseníase, ocupando o 2º lugar no mundo em número de novos casos, chama a atenção o diagnóstico tardio da paciente em questão. Aproveitamos este emblemático relato de caso para discutir aspectos importantes em relação à terapêutica no período gestacional (poliquimioterapia conforme manual do ministério, sem nenhuma alteração por conta da gestação), desfecho obstétrico, orientações quanto à lactação (não contra-indicada com a mãe em tratamento; pelo contrário, devendo ser estimulada) e cuidado ao recém nato.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gustavo Moreira Amorim, Universidade do Sul de Santa Catarina. Faculdade de Medicina. Hospital Santa Teresa

    Dermatologista. Doutorando em Anatomia Patológica pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor da Disciplina de Dermatologia da Universidade do Sul de Santa Catarina, Coordenador e Preceptor do Serviço de Residência Médica em Dermatologia do Hospital Santa Teresa – SES/SC.

  • Thaynara Maestri, Hospital Femina

    Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Femina – Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

  • Amanda Oppitz, Hospital Regional de São José Homero de Miranda Gomes

    Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Regional de São José Homero de Miranda Gomes - São José, Santa Catarina, Brasil.

  • Matheus Leye, Universidade do Sul de Santa Catarina

    Médico formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina – Palhoça, Santa Catarina, Brasil. 

  • Filipe Luis Merini, Universidade do Sul de Santa Catarina

    Médico formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina – Palhoça, Santa Catarina, Brasil. 

  • Luan Junior Vignatti, Hospital São Lucas da Pontífice Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

    Médico Residente em Dermatologia no Hospital São Lucas da Pontífice Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS – Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 

Referências

Estratégia mundial para hanseníase 2016-2020: aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Guia para monitorização e avaliação. Nova Deli: Organização Mundial da Saúde, Escritório Regional para o Sudoeste Asiático; 2017. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254907/9789290225881-por.pdf?sequence=8.

Brasil. Ministério da Saúde. Guia prático sobre a hanseníase. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_ hanseniase.%0Apdf.

Singh P, Benjak A, Schuenemann VJ, Herbig A, Avanzi C, Busso P, et al. Insight into the evolution and origin of leprosy bacilli from the genome sequence of Mycobacterium lepromatosis. Proc Natl Acad Sci U S A. 2015;112:4459–64. doi: 10.1073/pnas.1421504112.

World Health Organization. Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Wkly Epidemiol Rec. 2019;35/36:389-412. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf.

World Health Organization. Guidelines for the diagnosis, treatment and prevention of leprosy. Nova Deli: WHO; 2018. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274127/9789290226383-eng.pdf?ua=1.

Mi Z, Liu H, Zhang F. Advances in the immunology and genetics of leprosy. Front Immunol. 2020;11:567. doi: 10.3389/fimmu.2020.00567.

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/323388710/Diretrizes-para-vigilancia-atencao-e-eliminacao-da-hanseniase-como-problema-de-saude-publica-2016.

Ozturk Z, Tatliparmak A. Leprosy treatment during pregnancy and breastfeeding: a case report and brief review of literature. Dermatol Ther. 2017;30:1-2. doi: 10.1111/dth.12414.

Nogueira PSF, Moura ERF, Dias AA, Américo CF, Aguiar LR, Valente MMQP. Characteristics of pregnant and lactating women with leprosy. Rev Soc Bras Med Trop. 2015;48:96–8. doi: 10.1590/0037-8682-0148-2014.

Duncan E. Leprosy in pregnancy. In: Leprosy: a pratical guide. Milan: Springer; 2012. p.331-40. Available from: http://link.springer.com/10.1007/978-88-470-2376-5.

Costa PSS, Fraga LR, Kowalski TW, Daxbacher ELR, Schuler-Faccini L, Vianna FSL. Erythema nodosum leprosum: update and challenges on the treatment of a neglected condition. Acta Trop. 2018;183:134-41. doi: 10.1016/j.actatropica.2018.02.026.

Oliveira SG, Tavares CM, Moura ERF, Trindade RFC, Almeida AM, Bomfim EO. Gestação e hanseníase : uma associação de risco nos serviços de saúde. Hansen Int. 2011;36(1):31-8. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf

Upputuri B, Pallapati MS, Tarwater P, Srikantam A. Thalidomide in the treatment of erythema nodosum leprosum (ENL) in an outpatient setting: a five-year retrospective analysis from a leprosy referral centre in India. PLoS Negl Trop Dis. 2020;14(10):e0008678. doi: 10.1371/journal.pntd.0008678.

Chen Z, Kuang Y, Jiang H, Zhang W, Shi Y, Chokkakula S, et al. Intact Mycobacterium leprae Isolated from Placenta of a Pregnant Woman, China. Emerg Infect Dis. 2019;25(8):1604-7. doi: 10.3201/eid2508.190114 15.

Lamounier JA, Moulin ZS, Xavier CC. Recommendations for breastfeeding during maternal infections. J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Suppl):S181–8. doi: 10.2223/1252.

Publicado

2022-02-21

Edição

Seção

Relato de Caso/Case Report

Como Citar

Amorim, G. M., Maestri, T., Oppitz, A., Leye, M., Merini, F. L., & Vignatti, L. J. . (2022). Hanseníase virchowiana e eritema nodoso hanseníco em gestante de 34 semanas sem diagnóstico prévio. Revista De Medicina, 101(1), e-170709. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i1e-170709