Índice de independência funcional de pacientes pós-acidente vascular cerebral submetidos a um programa de reabilitação multiprofissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i4e-174732

Palavras-chave:

Acidente vascular cerebral, Medicina física e reabilitação, Comorbidade., Atividades cotidianas

Resumo

Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode causar óbito ou sequelas motoras e funcionais de intensidade variável. O objetivo do estudo foi avaliar o índice de independência funcional de pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral submetidos a um programa de reabilitação multiprofissional. Trata-se de estudo retrospectivo por meio de revisão dos prontuários de sobreviventes de lesão vascular na artéria cerebral média, admitidos entre 2014 e 2019 em hospital público de Curitiba - Paraná, e que foram analisados na admissão e na alta por meio da Escala de Rankin modificada (mRS). Foram aplicados teste Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Wilcoxon, considerando p < 0,05 %. A amostra, composta por 64 pacientes, teve predomínio masculino (56 %), faixa etária média de 59 anos, e apresentou como sequelas principais déficit motor (98 %), disartria (51 %), afasia (46 %), dor (45 %) e incontinência urinária (42 %). Houve diferença significativa entre os escores aferidos por meio da mRS na admissão e na alta, com maior independência funcional após realização do programa de reabilitação proposto (p < 0,001). Conclui-se que a participação no programa refletiu em ganho de autonomia no autocuidado e na realização de atividades diárias pelos pacientes.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gabriela Luiza Gentilini, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Curitiba, PR, Brasil.

  • Larissa Nicolini de Santa, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Curitiba, PR, Brasil.

  • Mônica Baratto Vedovatto, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Curitiba, PR, Brasil.

  • Paula Hirai, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Curitiba, PR, Brasil.

  • Valquíria Custódio Klaumann, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Curitiba, PR, Brasil.

  • Kátia Sheylla Malta Purim, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Médica, Docente do Curso de Medicina, Curitiba, PR, Brasil.

  • Renato Mitsunori Nisihara, Universidade Positivo

    Universidade Positivo, Docente do Curso de Medicina, Curitiba, PR, Brasil.

Referências

Norrving B, Kissela B. The global burden of stroke and need for a continuum of care. Neurology. 2013;80(3 Suppl.2):5-12. https://doi.org/10.1212/WNL.0b013e3182762397

Sacco RL, Kasner SE, Broderick JP, Caplan LR, Connors JJ, Culebras A, et al. An updated definition of stroke for the 21st century: A statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2013;44(7):2064-89. https://doi.org/10.1161/STR.0b013e318296aeca

Piassaroli CAP, de Almeida GC, Luvizotto JC, Suzan ABBM. Modelos de reabilitação fisioterápica em pacientes adultos com sequelas de AVC isquêmico. Rev Neurocienc. 2012;20(1):128-37. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.10341

Gibson CL, Attwood L. The impact of gender on stroke pathology and treatment. Neurosci Biobehav Rev. 2016;67:119-24. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2015.08.020

Guzik A, Bushnell C. Stroke epidemiology and risk factor management. Contin Lifelong Learn Neurol. 2017;23(1):15–39. https://doi.org/10.1212/CON.0000000000000416

Urban PP, Wolf T, Uebele M, Marx JJ, Vogt T, Stoeter P, et al. Occurence and clinical predictors of spasticity after ischemic stroke. Stroke. 2010;41(9):2016-20. https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.110.581991

Carmo JF, Oliveira ERA, Morelato RL. Incapacidade funcional e fatores associados em idosos após o acidente vascular cerebral em Vitória – ES, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(5):809-18. https://doi.org/10.1590/1809-98232016019.150215

de Brito RG, Lins LCRF, Almeida CDA, Neto ESR, de Araújo DP, Franco CIF. Instrumentos de avaliação funcional específicos para o acidente vascular cerebral. Rev Neurociencias. 2013;21(4):593-9. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8145

Brasil F. Avaliação da funcionalidade de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral através da escala de Rankin. Fisioter Bras. 2018;19(5):1–8. https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2622

Rodrigues ESR, Castro KAB, Rezende AAB, Herrera SDSC, Pereira AM, Takada JAP. Fatores de risco cardiovascular em pacientes com acidente vascular cerebral. Amaz Sci Heal. 2013;1(2):21–8. Disponível em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/472

Mourão AM, Vicente LCC, Chaves TS, Sant’Anna RV, Meira F de C, Xavier RM de B, et al. Perfil dos pacientes com diagnóstico de AVC atendidos em um hospital de Minas Gerais credenciado na linha de cuidados. Rev Bras Neurol. 2017;53(4):12–6. https://doi.org/10.46979/rbn.v53i4.14634

Correia JP, Figueiredo AS, Costa HM, Barros P, Veloso LM. Investigação etiológica do acidente vascular cerebral no adulto jovem. Med Interna (Bucur). 2018;25(3):213-23. https://doi.org/10.24950/rspmi/revisao/200/3/2018

Henriques M, Henriques J, Jacinto J. Acidente vascular cerebral no adulto jovem: a realidade num Centro de Reabilitação. Rev Soc Port Med Física Reabil. 2015;27(1):9-13. http://dx.doi.org/10.25759/spmfr.180

Renna R, Pilato F, Profice P, Della Marca G, Broccolini A, Morosetti R, et al. Risk factor and etiology analysis of ischemic stroke in young adult patients. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2014;23(3):1–7. https://doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2013.10.008

Mamed SN, Ramos AMDO, De Araújo VEM, De Jesus WS, Ishitani LH, França EB. Perfil dos óbitos por acidente vascular cerebral não especificado após investigação de códigos garbage em 60 cidades do Brasil, 2017. Rev Bras Epidemiol. 2019;22(Suppl 3). https://doi.org/10.1590/1980-549720190013.supl.3

Flegal KM, Kruszon-Moran D, Carroll MD, Fryar CD, Ogden CL. Trends in obesity among adults in the United States, 2005 to 2014. JAMA. 2016;315(21):2284-91. https://doi.org/10.1001/jama.2016.6458

Lotufo PA, Bensenor IJM. Raça e mortalidade cerebrovascular no Brasil. Rev Saude Publica. 2013;47(6):1201-4. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004890

Soler EP, Ruiz VC. Epidemiology and risk factors of cerebral ischemia and ischemic heart diseases: similarities and differences. Curr Cardiol Rev. 2010;6(3):138-49. https://doi.org/10.2174/157340310791658785

O’Donnell MJ, Xavier D, Liu L, Zhang H, Chin SL, Rao-Melacini P, et al. Risk factors for ischaemic and intracerebral haemorrhagic stroke in 22 countries (the INTERSTROKE study): a case-control study. Lancet. 2010;376(9735):112-23. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(10)60834-3

Boehme AK, Esenwa C, Elkind MSV. Stroke risk factors, genetics, and prevention. Circ Res. 2017;120(3):472-95. https://doi.org/10.1161/CIRCRESAHA.116.308398

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Doenças relacionadas ao tabagismo. Rio de Janerio; 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/doencas-relacionadas-ao-tabagismo

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Dados e números da prevalência do tabagismo. Rio de Janeiro; 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo

Hackshaw A, Morris JK, Boniface S, Tang JL, Milenkovi D. Low cigarette consumption and risk of coronary heart disease and stroke: meta-analysis of 141 cohort studies in 55 study reports. BMJ. 2018;360:1-15. https://doi.org/10.1136/bmj.j5855

Nascimento RCRM, Álvares J, Junior AAG, Gomes. Isabel Cristina, Silveira MR, Costa EA, et al. Polifarmácia: uma realidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Rev Saude Publica. 2017;51(2:19s):1-12. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007136

Schmidt MI, Duncan BB, E Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Lancet. 2011;377(9781):1949-61. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60135-9

Marković-Peković V, Škrbić R, Petrović A, Vlahović-Palčevski V, Mrak J, Bennie M, et al. Polypharmacy among the elderly in the Republic of Srpska: extent and implications for the future. Expert Rev Pharmacoeconomics Outcomes Res. 2016;16(5):609-18. https://doi.org/10.1586/14737167.2016.1115347

Anderle P, Rockenbach SP, de Goulart BNG. Reabilitação pós-AVC: identificação de sinais e sintomas fonoaudiológicos por enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde. Codas. 2019;31(2):1–7. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20182018015

Pantoni L, Gorelick P. Advances in vascular cognitive impairment 2010. Stroke. 2011;42(2):291–3. https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.110.605097

Tuong NE, Klausner AP, Hampton LJ. Uma revisão da incontinência urinária pós-AVC. Can J Urol Int. 2016;23(3):8265–70. Disponível em: https://www.canjurol.com/abstract.php?ArticleID=&version=1.0&PMID=27347618

Filippo TRM, Alfieri FM, Daniel CR, Souza DR de, Battistella LR. Modelo de reabilitação hospitalar após acidente vascular cerebral em país em desenvolvimento. Acta Fisiátrica. 2017;24(1):44–7. https://doi.org/10.5935/0104-7795.20170009

Park YH, Jang JW, Park SY, Wang MJ, Lim JS, Baek MJ, et al. Executive function as a strong predictor of recovery from disability in patients with acute stroke: a preliminary study. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2015;24(3):554-61. https://doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2014.09.033

Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral. Brasília: Brasília; 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf

Stein J, Bettger JP, Sicklick A, Hedeman R, Magdon-Ismail Z, Schwamm LH. Use of a standardized assessment to predict rehabilitation care after acute stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2015;96(2):210–7. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2014.07.403

Publicado

2022-07-15

Edição

Seção

Artigos Originais/Originals Articles

Como Citar

Gentilini, G. L., Santa, L. N. de, Vedovatto, M. B., Hirai, P., Klaumann, V. C., Purim, K. S. M., & Nisihara, R. M. (2022). Índice de independência funcional de pacientes pós-acidente vascular cerebral submetidos a um programa de reabilitação multiprofissional. Revista De Medicina, 101(4), e-174732. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i4e-174732