Validação de conteúdo e análise da adesão ao uso da cartilha “Orientações para a Manutenção da Qualidade de Vida – Espinha Bífida” em crianças e adolescentes deambuladores e não deambuladores com espinha bífida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i5e-193651

Palavras-chave:

Exercício físico, Crianças, Adolescentes, Espinha bífida

Resumo

Objetivo: A partir da produção de uma cartilha de exercícios domiciliares “Orientações para a Manutenção da Qualidade de Vida – Espinha Bífida”, objetivou-se validar o conteúdo, realizar a avaliação do material (cartilha) pelos cuidadores, e analisar a adesão ao uso da cartilha. Métodos: Para validação do conteúdo, 8 juízes especialistas avaliaram a cartilha por meio de um questionário adaptado e foi estabelecido o índice de validade de conteúdo (IVC) para cada aspecto abordado. Na avaliação do material realizada pelos cuidadores e na análise da adesão ao uso da cartilha, participaram 10 crianças e adolescentes com espinha bífida e seus cuidadores. O pesquisador leu a cartilha e treinou os exercícios na presença do paciente e de seu cuidador, indicando como deveriam ser realizados em domicílio. Após a entrega foi marcado um retorno presencial, em 15 dias, para que os cuidadores pudessem relatar sobre a avaliação do material assim como, descrever sobre a adesão desses participantes ao uso da cartilha. Por fim, foi agendado um segundo encontro - follow-up – para analisar a adesão em longo prazo. Resultados: Dos 27 aspectos abordados na validação do conteúdo, 24 destes receberam pontuação acima do índice aceitável (IVC = 1,00). A maior parte dos cuidadores responderam “concordo” ou “concordo totalmente” para todos os itens analisados referente à avaliação do material. Em curto prazo foi observada uma taxa de adesão de 25% dos participantes e em longo prazo de 12,5%. Conclusão: A cartilha “Orientações para a Manutenção da Qualidade de Vida – Espinha Bífida” por apresentar clareza dos itens apresentados, facilidade de leitura e adequada compreensão, segundo a avaliação dos juízes especialistas e dos cuidadores, mostrou ser um ótimo recurso para incrementar o tratamento fisioterapêutico de criança e adolescentes com espinha bífida, porém evidenciou uma moderada/baixa adesão por parte dos participantes.

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Biografia do Autor

  • Camila Scarpino Barboza Franco, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Ribeirão Preto, SP, BR.

  • Emanuela Juvenal Martins, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Ribeirão Preto, SP, BR.

  • Gabriela Barroso de Queiroz Davoli, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Ribeirão Preto, SP, BR.

  • Danila Cristina Petian-Alonso, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Ribeirão Preto, SP, BR.

  • Karen Vitoria Recchia Pereira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Curso de Fisioterapia, Ribeirão Preto, SP, BR.

  • Ana Claudia Mattiello-Sverzut, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Estudo desenvolvido como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
    Instituição: Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) e Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão).
    Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Departamento de Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

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Publicado

2022-09-02

Edição

Seção

Artigos Originais/Originals Articles

Como Citar

Franco, C. S. B., Martins, E. J. ., Davoli, G. B. de Q. ., Petian-Alonso, D. C. ., Pereira, K. V. R. ., & Mattiello-Sverzut, A. C. . (2022). Validação de conteúdo e análise da adesão ao uso da cartilha “Orientações para a Manutenção da Qualidade de Vida – Espinha Bífida” em crianças e adolescentes deambuladores e não deambuladores com espinha bífida. Revista De Medicina, 101(5), e-193651. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i5e-193651

Dados de financiamento