Cisticercose do sistema nervoso central
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v47i2p75-89Resumo
A incidência da neurocisticercose (NC) reflete o grau de desenvolvimentodas nações ; em São Paulo, a freqüência de NC atinge a cifra média de 0,5%. O autor frisa a semelhança dos quadros neurológicos determinados pela cisticercose racemosa basilar e pela cenurose. São analisados, a seguir, os modos de infestação do sistema nervoso pelos cisticercos e as reações que nele desencadeiam. As formas clínicas são classificadas pelo autor em: hipertensivas, convulsivas, e formas com predomínio das manifestações neurológicas focais, que, quando associadas à síndrome hipertensiva, configuram as modalidades pseudotumorais.
É salientada a importância das alterações do líquido cefalorraqueano (presença de células eosinófilas e positividade da reação de fixação de complemento), que permitiram o diagnóstico de NC em 86,5% dos 296 casos da Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina da USP. O craniograma revelou calcificações micronodulares em 19,9% dos casos. É analisado o valor dos exames neurorradiológicos para o esclarecimento da patogenia das formas hipertensivas.
É rara a regressão espontânea de NC ; nas formas subagudas ou crônicas, o tratamento medicamentoso (sulfas e corticóides) pode proporcionar resultados satisfatórios; nas formas hipertensivas é necessário, por vezes, apelar para a neurocirurgia. O prognóstico da NC ainda é muito reservado. A mortalidade geral atingiu a cifra de 24,7%. O problema da N C clama por uma solução profiláctica: a infestação dos rebanhos suínos deve constituir o primeiro alvo de combate; quanto ao homem, devem-se instituir campanhas de Saúde Pública visando à prevenção da teníase.
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Publicado
1963-06-30
Edição
Seção
Não definida
Como Citar
Canelas, H. M. (1963). Cisticercose do sistema nervoso central. Revista De Medicina, 47(2), 75-89. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v47i2p75-89