Insuficiência cardíaca e transplante cardíaco
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v87i2p105-120Palavras-chave:
Insuficiência cardíaca/fisiopatologia, Insuficiência cardíaca/epidemiologia, Transplante de coração, Evolução clínica, Análise de sobrevida.Resumo
A insuficiência cardíaca é uma síndrome complexa definida pela falência do coração em proporcionar suprimento adequado de sangue às necessidades metabólicas tissulares, ou fazê-lo por meio de elevadas pressões de enchimento. Geralmente, resulta de disfunção estrutural ou funcional do coração que compromete a sua capacidade de comportar o volume de enchimento diastólico de sangue ou de realizar sua ejeção. Caracteriza-se por disfunção ventricular e alterações da regulação neurohumoral, acompanhada de sintomas de cansaço aos esforços, retenção hídrica e redução da expectativa de vida. Em nosso meio, a sobrevida da insuficiência cardíaca com o tratamento clínico é estimada em 84%, 63% e 52%, em um, dois e cinco anos, respectivamente. Tem-se observado que a insuficiência cardíaca apresenta maior mortalidade do que muitas modalidades de câncer, como bexiga, mama e próstata,perdendo apenas ao câncer de pulmão. Na fase avançada da doença o transplante cardíaco é a única forma de tratamento capaz de restaurar as funções hemodinâmicas, melhorar a qualidade de vida e a sobrevida. O método foi empregado pioneiramente por Barnard em 1967 e ganhou ampla difusão com a introdução da ciclosporina no esquema imunossupressor. Todavia, ao lado das vantagens oferecidas pelo transplante existem limitações importantes que impedem a sua extensão universal aos pacientes com insuficiência cardíaca terminal. Dentre elas devem-se ressaltar a carência de doadores viáveis, a imunossupressão inespecífica, contra-indicações médicas e psicossociais.Downloads
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Publicado
2008-06-19
Edição
Seção
Aprendendo
Como Citar
Insuficiência cardíaca e transplante cardíaco. (2008). Revista De Medicina, 87(2), 105-120. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v87i2p105-120