Meio século de valvopatias no Brasil: cuidando e fazendo história

Autores

  • Tarsila Gasparotto Nogueira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Layara Fernanda Lipari Dinardi Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Thiago Vicente Pereira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Talita Yumi Cintho Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Wellington Mardoqueu Candido Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Bruna Piloto Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Guilherme Sobreira Spina Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v92i1p65-68

Palavras-chave:

Febre reumática, Valvas cardíacas, Brasil, Ligas acadêmcias

Resumo

Introdução. Em mais de 50 anos de atuação, a Liga acompanhou e influenciou o cenário da Cardiologia no Brasil. Seu principal foco é o acompanhamento longitudinal do paciente com sequela valvar reumática, doença negligenciada pelas vanguardas internacionais de pesquisa devido a sua baixa prevalência nos países desenvolvidos. Hoje, tem orgulho em expandir sua atuação abrangendo toda a Clínica Médica, oferecendo um atendimento global ao paciente cardiopata e um amplo aprendizado aos acadêmicos. Objetivos. Apresentar as atividades de uma liga acadêmica, analisando de forma crítica os resultados obtidos com enfoque no tripé universitário Ensino-Pesquisa-Assistência. Atividades da Liga. A principal atividade da Liga é o atendimento ambulatorial semanal, realizado por acadêmicos do segundo ao sexto ano de medicina e supervisionado por médicos residentes, preceptores e assistentes de um hospital universitário, que discutem os casos atendidos pelos acadêmicos e orientam a conduta. A liga é administrada por seis alunos de graduação em medicina e dois médicos assistentes e conta com um corpo discente de 40 alunos e um corpo clínico de dez discutidores. Ensino. Um dos trunfos da Liga é proporcionar ao aluno o acompanhamento longitudinal do paciente, não compreendido no currículo médico convencional. Esse acompanhamento transcende os limites da graduação, dado que muitos dos acadêmicos da liga retornam a ela como médicos discutidores ao seguirem a residência de Clínica Médica. A rotina do atendimento consiste na tradicional combinação de anamnese e exame clínico. Contudo, o acadêmico dispõe de um tempo maior que o habitual de uma consulta médica para praticar os princípios semiológicos. O número de casos e sua variedade se torna um rico instrumento pedagógico. Dos nossos pacientes, 335 (62%) apresentam alterações à ausculta cardíaca. Como atividades complementares a liga promove anualmente seu Curso Introdutório e um Curso Teórico-Prático de Eletrocardiograma, direcionados principalmente a acadêmicos. Assistência. Atualmente, 541 pacientes frequentam o ambulatório da Liga. Desses, 164 (30,3%) apresentavam sintomas de insuficiência cardíaca na última consulta. O tempo de seguimento do paciente varia de acordo com sua patologia e gravidade, sendo os pacientes descompensados agendados num intervalo de tempo menor comparado aos demais. Essas características são muito valorizadas, pois a forte relação criada gera maior confiança e consequentemente maior adesão ao tratamento. Pesquisa. A Liga já publicou trabalhos em revistas nacionais e relatos de caso em um congresso médico acadêmico. Recentemente foi responsável por escrever um capítulo de um livro de diretrizes em cardiologia destinado a acadêmicos, além de ter participado em um Simpósio destinado a ligas acadêmicas cardiológicas em um congresso estadual. Desafios. Uma das grandes metas é a incorporação do conceito de multidisciplinaridade no atendimento, capaz de gerar ganhos incalculáveis na qualidade de vida dos pacientes. Neste quesito a liga não possui vertentes, porém, há planos visando incluir a fisioterapia e a nutrição. Um fator limitante é a falta de supervisores dos cursos supracitados. Outro ponto a ser melhorado é a pesquisa desenvolvida. A produção científica era maior, sendo alguns trabalhos premiados em congressos. Acreditamos que o potencial da Liga é grande o suficiente para expandirmos esse braço de atuação.

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Biografia do Autor

  • Tarsila Gasparotto Nogueira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

    Acadêmica do curso de Medicina da FMUSP.Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.



  • Layara Fernanda Lipari Dinardi, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmica do curso de Medicina da FMUSP.Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.
  • Thiago Vicente Pereira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do curso de Medicina da FMUSP.Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.
  • Talita Yumi Cintho, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmica do curso de Medicina da FMUSP.Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.
  • Wellington Mardoqueu Candido, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do curso de Medicina da FMUSP.Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.
  • Bruna Piloto, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Orientadora, FMUSP. Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.
  • Guilherme Sobreira Spina, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Orientadora, FMUSP. Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Trabalho recebeu o 1o lugar Prêmio Painéis Área Liga Acadêmica - XXXI Congresso Médico Universitário da FMUSP - COMU 2012.

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Publicado

2013-03-20

Edição

Seção

Painéis - COMU

Como Citar

Meio século de valvopatias no Brasil: cuidando e fazendo história. (2013). Revista De Medicina, 92(1), 65-68. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v92i1p65-68