Tratamento farmacológico da dor musculoesquelética

Autores

  • Manoel Jacobsen Teixeira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia
  • Luiz Biela Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas
  • William Gemio Jacobsen Teixeira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Daniel Ciampi Araujo de Andrade Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80ispe1p179-244

Palavras-chave:

Dor/terapia, Analgesia, Analgésicos/uso terapêutico.

Resumo

Várias classes de fármacos são utilizadas com finalidade analgésica. A dor deve ser tratada segundo escala ascendente de potência analgésica. Os analgésicos antiinflamatórios e os psicotrópicos associados ou não aos opióides de baixa e/ou elevada potência e/ou aos miorrelaxantes são as classes medicamentosas mais utilizadas no tratamento da dor musculoesquelética. Os
corticosteróides, os anticonvulsivantes, os bloqueadores da atividade osteoclástica e os tranqüilizantes menores são indicados em casos especiais. A prescrição deve ser adequada às necessidades e respeitar a farmacodinâmica e a farmacocinética de cada agente e as contra-indicações peculiares a cada caso. As medicações devem ser preferencialmente de baixo custo e de fácil aquisição. A
administração deve ser regular e não apenas quando necessário. A via enteral, preferentemente à oral, deve ser priorizada. Alguns efeitos colaterais são dependentes da dose dos agentes, outros de sua natureza; alguns desses efeitos podem ser minimizados com medidas medicamentosas ou físicas específicas. O tratamento antiálgico deve ser instituído imediatamente após as primeiras manifestações da condição dolorosa, pois não compromete o resultado da semiologia clínica ou armada e previne a cronificação da dor. A descoberta de analgésicos antiinflamatórios que inibem seletiva ou especificamante a COX-2, de antidepressivos que atuam seletivamente na recaptura de serotonina e noradrenalina de neurolépticos mais específicos, de miorrelaxantes de ação prolongada e o desenvolvimento de apresentações de derivados opióides de ação ou liberação prolongada são avanços que tornaram a analgesia mais eficaz e segura em doentes com afecções álgicas musculoesqueléticas.

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Biografia do Autor

  • Manoel Jacobsen Teixeira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia

    Médico Neurocirurgião, Professor Doutor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Responsável pelo Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Liga de Dor do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro Acadêmico XXXI de Outubro da
    Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

  • Luiz Biela, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas

    Professor Doutor livre-docente, membro do Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

  • William Gemio Jacobsen Teixeira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

    Aluno de Graduação do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro da Liga de Dor do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro Acadêmico XXXI de Outubro da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

  • Daniel Ciampi Araujo de Andrade, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Aluno de Graduação do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro da Liga de Dor do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro Acadêmico XXXI de Outubro da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2001-06-29

Como Citar

Teixeira, M. J., Biela, L., Teixeira, W. G. J., & Andrade, D. C. A. de. (2001). Tratamento farmacológico da dor musculoesquelética. Revista De Medicina, 80(spe1), 179-244. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80ispe1p179-244