Aspectos moleculares das craniossinostoses: implicações no diagnóstico e aconselhamento genético

Autores

  • Maria Rita Passos-Bueno Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.
  • Fernanda Sarquis Jehee Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.
  • Lúcia Maria Libório Armelin Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80i1p7-13

Palavras-chave:

Craniossinostose/diagnóstico, Craniossinostose/genética, Diagnóstico diferencial, Aconselhamento genético, Fatores de risco.

Resumo

Graniossinostose caracteriza-se pelo fechamento prematuro de uma ou mais suturas cranianas. As craniossinostoses formam um grupo bastante heterogêneo, com uma incidência de 1 para 2000-3000 nascimentos. Tanto fatores ambientais como genéticos podem estar relacionados com o surgimento das craniossinostoses. Na última década, verificou-se que mutações em 4 genes (FGFR1, FGFR2, FGFR3, TWIST) podem causar formas sindrômicas de craniossinostose bem definidas clinicamente, a saber: Sindromes de Apert, Pfeiffer, Crouzon, Jackson-Weiss, Beare-Stevenson e Saethre-Chotzen. Ainda, duas novas síndromes foram clinicamente e molecularmente caracterizadas: a síndrome de Muenke e a de Boston. O quadro clínico associado com estas duas formas de craniossinostose é bastante variado. incluindo desde paciente com crânio em trevo até aqueles com apenas craniossinostose da sutura coronal (bilateral ou unilateral), os quais são classificados como portadores de craniossinostose não sindrômica. Uma precisa correlação fenótipo-genótipo têm sido difícil na grande maioria dos casos devido à sobreposição do quadro clínico e pela heterogeneidade genética do grupo, e portanto o teste molecular pode ser importante para o diagnóstico de um grande número de pacientes. O padrão de herança das craniossinostoses acima referidas é o autossômico dominante, o que significa que um indivíduo afetado possui 50% de chance de vir a ter um filho afetado com a mesma condição. Outros padrões de herança também têm sido relatados, sendo sempre importante uma avaliação genética e clínica de todos os membros da família do afetado. Exemplificamos com dois casos atendidos em nosso laboratório, a importância do uso de testes moleculares para a confirmação do diagnóstico e realização precisa do aconselhamento genético.

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Biografia do Autor

  • Maria Rita Passos-Bueno, Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.
    Profa. Dra. do Departamento de Biologia - IBUSP. Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano, Centro de Estudos do Genoma Humano, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
  • Fernanda Sarquis Jehee, Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.
    Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano, Centro de Estudos do Genoma Humano, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
  • Lúcia Maria Libório Armelin, Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia.
    Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano, Centro de Estudos do Genoma Humano, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2001-03-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Passos-Bueno, M. R., Jehee, F. S., & Armelin, L. M. L. (2001). Aspectos moleculares das craniossinostoses: implicações no diagnóstico e aconselhamento genético. Revista De Medicina, 80(1), 7-13. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80i1p7-13