História e alimentação

as confeitarias no Rio de Janeiro do Século XIX (1854-1890)

Autores

  • Thaina Schwan Karls Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i1p172-186

Palavras-chave:

Rio de Janeiro, Confeitarias, Alimentação, História

Resumo

A segunda metade do século XIX é marcada por um intenso processo de modernização da cidade do Rio de Janeiro. A busca pelo espaço público como local de vivência social e valorização das atividades de lazer começou a melhor se conformar, inclusive com o crescimento e a diversificação do mercado do entretenimento, com destaque para teatros, circos, bailes, práticas esportivas e uma estrutura pública de alimentação, que também se relacionava com a nova configuração urbana, como as confeitarias. Estas, em geral, exerciam funções muito mais amplas que o simples preparo e a venda de doces, portando-se também como padarias e armazéns. Acreditamos que os principais frequentadores eram os integrantes de camadas sociais de maior poder aquisitivo ou os componentes de fatias medianas em ascensão. Frequentar confeitarias poderia ser interpretado como a representação de hábitos modernos, evoluídos e requintados, adequados a um país e a uma cidade que buscavam progredir. Sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar o perfil das confeitarias no Rio de Janeiro no século XIX, utilizando como fontes os periódicos publicados na urbe.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Thaina Schwan Karls, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro

    Doutora em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2017); Mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi (2009); Especialista em Padrões Gastronômicos pela Universidade Anhembi Morumbi (2006); Graduada em Gastronomia pela Faculdade Novo Milênio (2004). Professora Adjunta do Curso de Gastronomia do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. É membro do Sport - Laboratório de História do Esporte e do Lazer. Trabalha com Projetos de Pesquisa e Extensão na UFRJ. Tem experiência didática, profissional e publicações nas áreas de Gastronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Gastronomia, Culinária Brasileira, Hospitalidade e Comensalidade.

Referências

BELLUZZO, Rosa. Machado de Assis: relíquias culinárias. São Paulo: Editora Unesp, 2010a.
BELLUZZO, Rosa. Nem garfo nem faca: à mesa com os cronistas e viajantes. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010b.
CASCUDO, Luís da Câmara. História da alimentação no Brasil. 3. ed. São Paulo: Global, 2004.
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. V. I. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949.
FREIXA, Dolores; CHAVES, Guta. Gastronomia no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Editora Senac
Nacional, 2009.
FREYRE, Gilberto. Açúcar: uma sociologia do doce, com receitas de bolos e doces do Nordeste do
Brasil. 5. ed. São Paulo: Global, 2007.
GUERRERO, Enrique Raúl Rentería. O sabor moderno: da Europa ao Rio de Janeiro na República Velha.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
KARLS, Thaina Schwan. Comida, bebida e diversão: uma análise comparada do perfil de restaurantes e
confeitarias do Rio de Janeiro do século XIX (1854-1890). Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2017.
LUCA, Tania Regina de. Fontes impressas: história dos, nos e por meio dos periódicos. In. PINSKY, C. B. Fontes históricas. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2011.
MELO, Victor Andrade de. Mulheres em movimento: a presença feminina nos primórdios do esporte na cidade do Rio de Janeiro (até 1910). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 27, n. 54, pp. 127-152, dez. 2007.
NEEDELL, Jeffrey D. Belle époque tropical: Sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
RENAULT, Delso. Rio de Janeiro: a vida da cidade refletida nos jornais (1850-1870). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1978.
RENAULT, Delso. O dia-a-dia no Rio de Janeiro: segundo os jornais (1870-1889). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1982.
RIOS FILHO, Adolfo Morales de los. O Rio de Janeiro Imperial. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2000. SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998.
SILVA, Alberto da Costa. População e sociedade. In: SILVA, Alberto da Costa (Coord.). Crise colonial
e independência (1808-1830). Vol. 1 – História do Brasil Nação (1808-2010). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2011, pp. 35-73.
TOSTES, Vera Lúcia Bottrel. O Rio de Janeiro no tempo de D. João VI. In: AMARAL, Sonia Guarita do
(Coord.). O Brasil como Império. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009, pp. 38-57.

Downloads

Publicado

2019-03-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

História e alimentação: as confeitarias no Rio de Janeiro do Século XIX (1854-1890). (2019). Revista Ingesta, 1(1), 172-186. https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i1p172-186