O ZONEAMENTO AMBIENTAL GEOMORFOLÓGICO COMO MÉTODO PARA PLANEJAR A INFRAESTRUTURA VERDE EM ÁREAS DENSAMENTE URBANIZADAS

Autores

  • Ramón Stock Bonzi FAUUSP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-2275.v1i10p104-132

Palavras-chave:

Infraestrutura Verde, Zoneamento Ambiental, Processos naturais, Análise geomorfológica, Tipologias Paisagísticas

Resumo

A noção de Infraestrutura Verde vem sendo amplamente aceita nos campos da arquitetura da paisagem e do urbanismo. No entanto, a sua aplicação em áreas densamente urbanizadas carece de métodos adequados, uma vez que o conceito surgiu em um contexto muito diferente, o espraiamento norte-americano. Este trabalho investiga como a proposta de zoneamento ambiental baseado nos processos naturais e na análise geomorfológica pode embasar cientificamente a aplicação da Infraestrutura Verde. Para isso identificamos os processos naturais predominantes em cada zona ambiental e também os processos mimetizados ou incentivados por cada tipologia paisagística. Conclui-se que a análise das formas do relevo permite identificar que tipologias são indicadas para cada compartimento do relevo, o que colabora para a harmonização entre as dinâmicas da base biofísica e a ocupação humana.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ramón Stock Bonzi, FAUUSP
    Mestre pela FAUUSP, especialista em Arquitetura da Paisagem pelo Senac Santa Cecília e em Meio Ambiente e Sociedade pela FESPSP. e-mail: rsb@usp.br

Referências

AB’SÁBER, Aziz Nacib. O sítio urbano de São Paulo. In: Azevedo, Aroldo de. A cidade de São Paulo: estudos de geografia urbana. Vol I. São Paulo: Nacional, 1958.

_____________________ Um conceito de geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o quaternário. Universidade de São Paulo, Instituto de Geografia, 1969.

BARTALINI, Vladimir. A trama capilar das águas na visão cotidiana da paisagem. Revista USP n. 70. São Paulo: USP, 2006.

BENEDICT, Mark A.; MCMAHON, Edward T. Green Infrastructure: linking landscapes and communities. Washington: Island Press, 2006.

BONZI, Ramón S. Andar sobre Água Preta: a aplicação da Infraestrutura Verde em áreas densamente urbanizadas. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade de São Paulo: FAUUSP, 2015.

CORMIER, N; PELLEGRINO, P. Infra-Estrutura Verde: uma estratégia paisagística para a água urbana. Paisagem e Ambiente n. 25. São Paulo: FAUUSP, 2008.

FIREHOCK, Karen. Short history of the term Green Infrastructure and selected literature.Disponível em: <http://www.gicinc.org/PDFs/GI History.pdf>. Acesso em: 22/02/2013.

FORMAN, R. T.; GODRON, M. Some general principles of landscape and regional ecology. In: Landscape ecology, v. 10, n. 3, p. 133-142, 1995.

FRANCE, Robert L. Wetland Design – Principles and Practices for Landscape Architects and Land-Use Planners. New York: W.N. Norton, 2003.

MENEGASSE-VELÁSQUEZ, L. N. Efeitos da Urbanização Sobre o Sistema Hidrológico: Aspectos da Recarga no Aqüífero Freático eo Escoamento Superficial. Tese (Doutorado em Recursos Naturais e Hidrogeologia). Instituto de Geociências-USP, 1996.

PELLEGRINO, Paulo. Pode-se planejar a Paisagem? In: Paisagem e Ambiente n.13, p.159-180. São Paulo: FAUUSP, 2000.

PINKHAM, R. 21stcentury water systems: scenarios, visions, and drivers. Snowmass: Rocky Mountain Institute, 1999.

_____________ Daylighting: New Life for Buried Streams. Snowmass: Rocky Mountain Institute, 2000.

SCHJETNAN, M;CALVILLO, J; PENICHE, M. Principios de diseño urbano/ambiental. Cidade do México: Árbol Editorial, 1997.

SCHUTZER, José Guilherme. Cidade e meio ambiente: a apropriação do relevo no desenho ambiental urbano.Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo: FAUUSP, 2004.

________________________ Cidade e meio ambiente: a apropriação do relevo no desenho ambiental urbano.São Paulo: Edusp, 2012a.

________________________ Dispersão urbana e apropriação do relevo na macrometrópole de São Paulo. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade de São Paulo: FFLCH, 2012b.

________________________ Análise estratégica do relevo e planejamento territorial urbano: compartimentos ambientais estruturantes na macrometrópole de São Paulo. Revista LABVERDE, n. 5, p. 12-36, 2012c.

TARIFA, J. R.; ARMANI, G. Os climas urbanos. In: TARIFA, J.R.; AZEVEDO, T.R. (org.). Os climas na cidade de São Paulo – teoria e prática. São Paulo: GEOUSP, 2001.

TUCCI, C. Água no meio urbano. In: REBOUÇAS, BRAGA, TUNDISI. Águas doces no Brasil – Capital Ecológico, usos e conservação. São Paulo: Escrituras Editora, 2006. pp. 399-431.

ZANELLA, L. Plantas ornamentais no pós-tratamento de efluentes sanitários: wetlands-construídos utilizando brita e bambu como suporte. 2008. Tese. (Doutorado em Engenharia Civil, Saneamento e Ambiente). Universidade Estadual de Campinas.

Downloads

Publicado

2015-08-31

Como Citar

O ZONEAMENTO AMBIENTAL GEOMORFOLÓGICO COMO MÉTODO PARA PLANEJAR A INFRAESTRUTURA VERDE EM ÁREAS DENSAMENTE URBANIZADAS. (2015). Revista LABVERDE, 1(10), 104-132. https://doi.org/10.11606/issn.2179-2275.v1i10p104-132