TELHADOS VERDES COMO POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-2275.v8i1p13-35

Palavras-chave:

Telhados verdes, políticas públicas ambientais, Volta Redonda

Resumo

As infraestruturas cinzas, a prioridade em transportes individuais em detrimento dos coletivos e não motorizados e a falta de planejamento integrado prevalecem e provocam mudanças significativas na paisagem urbana, como a construção de viadutos, canalização de rios e rodovias. Estas mudanças potencializam a ocorrência de sérios problemas ambientais, tais como: formação de ilhas de calor, inundações, aumento da poluição do ar, entre outros. Neste sentido, os telhados verdes se inserem como infraestrutura verde capaz de mitigar os efeitos desta urbanização. O Município de Volta Redonda, localizado na Região Sul do Estado do Rio de Janeiro, se enquadra na temática apresentada, por apresentar a poluição atmosférica como o principal problema ambiental, devido à intensa industrialização e ao crescente fluxo de veículos. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre temas como telhados verdes, políticas públicas, a apresentação de casos empíricos das políticas públicas acerca dos telhados verdes em nível mundial e nacional, para verificar a viabilidade deste instrumento como políticas públicas para minimizar os efeitos da poluição atmosférica neste município. Conclui-se que a implantação de telhados verdes, apesar de ser um incentivo incipiente, poderia mitigar os efeitos negativos da poluição atmosférica, melhorando, assim, a qualidade de vida da população.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Bruno Rocha Silva Setta, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
    Bacharel em Ciências Biológicas, Modalidade Tutorial em Ciências Ambientais na Universidade Federal Fluminense (UFF) (2013); Mestrado Profissional em andamento em Engenharia Urbana e Ambiental na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e em Master of Science, em associação com a Faculdade de Arquitetura, Engenharia Civil e Ciências Ambientais da Technische Universität Braunschweig da Alemanha; com previsão de término em dezembro de 2015. Tem experiência na área de cultivo de microalgas para produção de biocombusítvel; no monitoramento de qualidade da água de bacias hidrográficas dos rios Piabanha e Paraíba do Sul; elaboração de estudos em projetos de licenciamento ambiental.

Referências

ARAÚJO, S. R. As funções dos telhados verdes no meio urbano, na gestão e no planejamento de recursos hídricos. Monografia em Engenharia Florestal, Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, p.28, 2007.

BALDESSAR, S. M. N. Telhado verde e sua contribuição na redução da vazão da água pluvial escoada. Dissertação de Mestrado em Engenharia da Construção Civil, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, p. 125, 2012.

BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental empresarial: conceitos, mo­delos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007.

BERTO, R. Exposure to restorative environments helps restore attentional capacity. Journal of Environmental Psychology, London, v.25, n.3, p. 249-259, 2005.

CAPELAS JUNIOR, A. Telhados Verdes funcionam mesmo. In: Planeta Sustentável, 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 nov. 2015.

CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL – CETEM. Volta Redonda (RJ) convive com efeitos cumulativos de 71 anos de atividade siderúrgica. Disponível em: http://verbetes.cetem.gov.br/verbetes/ExibeVerbete.aspx?verid=135. Acesso em: 03/04/2017.

COSTA, J.; COSTA, A.; POLETO, C. Telhado verde: redução e retardo do escoamento superficial. Revista de Estudos Ambientais, v. 14, n. 2, p. 50-56, 2012.

CUNHA, L. H.; COELHO, M. C. N. Política e Gestão Ambiental. In: Cunha, S. B.; Guerra, A. J. T. (Orgs.). A questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

CURRIE, B. A. & BASS, B. Estimates of air pollution mitigation with green plants and green roofs using the UFORE model. Urban Ecosystems, vol. 11, Issue 4, pp. 409–422, 2008.

DUNNETT, N. P. & KINGSBURY, N. Planting Green Roofs and Living Walls. Portland (OR) Timber Press, 2004.

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE - FEEMA. Perfil Ambiental Município de Volta Redonda. Volta Redonda, p.98, 1990.

GETTER, K. L.; ROWE, D. B.; ROBERTSON, G. P.; CREGG, B. M.; ANDRESEN, J. A. Carbon sequestration potential of extensive green roofs. Environmental Science & Technology, 43 (19), pp. 7564–7570, 2009.

GUILHERME, F. A.; RESSEL, K. A. I. L. A. Biologia floral e sistema de reprodução de Merostachys riedeliana (Poaceae: Bambusoideae). Revista Brasileira de Botânica, 24.2 (2001): 205-211.

HERZOG, C. P. & ROSA, L. Z. Infraestrutura verde: sustentabilidade e resiliência para a paisagem urbana. Revista LABVERDE, v.1, n.1, p.92-115, 2010.

INSTITUTE OF REAL ESTATE STUDIES/NATIONAL UNIVERSITY OF SINGAPORE. To Develop Landscape Guidelines for Application of Green Plot Ratio in Singapore. Disponível em: http://www.ires.nus.edu.sg/newsletter2014/Issue1/issue1content.pdf. Acesso em: 04/03/2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Volta Redonda. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/painel/fotos.php?lang=_PT&codmun=330630&search=%7Cvoltaredond.Acesso em: 28/11/2015.

JARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO - JBUTAD. Espécie. Disponível em: http://jb.utad.pt/especie/. Acesso em: 25/06/2016.

KIST, T. Direito urbanístico e políticas públicas: estímulos legais e fiscais para a adoção de técnicas sustentáveis na construção civil, quanto à implantação de telhados verdes. Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, p.78, 2015.

KÖHLER, M. Green Façades: a view back and some visions. Urban Ecosystems, London, v. 11, n. 4, p. 423-436, 2008.

MAGALHÃES, C. H.; RODRIGUES, M. I. Volta Redonda pós-privatização da CIA. Siderúrgica Nacional: a crise de uma cidade monoindustrial em busca de uma nova identidade econômica. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 11, n. 2, p. 359-378, mai-ago/2015, Taubaté, SP, Brasil.

MELLO, G. B. P.; COSTA, M. D. P.; ALBERTI, M. S.; FILHO, R. D. G. F. Estudo da implantação de um telhado verde na Faculdade de Engenharia Mecânica. Revista Ciências do Ambiente On-line, v.6, n.2, dez. 2010.

MENDONÇA, T. N. M. Telhado verde extensivo em pré-moldado de concreto EVA (acetato etil vanila). Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, p.234, 2015.

MENTENS, J.; RAES, D.; HERMY, M. Green roofs as a tool for solving the rainwater runoff problem in the urbanized 21st century?. Landscape and Urban Planning, 77:21–226, 2005.

MORAN, A.; HUNT, B.; SMITH, J. Hydrologic and water quality performance from greenroofs in Goldsboro and Raleigh, North Carolina. Paper presented at the Third Annual Greening Rooftops for Sustainable Communities Conference, Awards and Trade Show; 4–6 May 2005, Washington, DC.

NETO, A. C. O. Cobertura verde: estudo de caso no Município de São José dos Campos – SP. Trabalho de Graduação em Engenharia Civil – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, p.93, 2014.

OLIVEIRA, E. W. N. Telhados verdes para habitações de interesse social: retenção das águas pluviais e conforto térmico. Dissertação de Mestrado em Engenharia Ambiental, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, p.87, 2009.

OBERNDORFER, E.; LUNDHOLM, J.; BRASS, B.; COFFMAN, R. R.; DOSHI, H.; DUNNETT, N.; GAFFIN, S.; KÖHLER, M.; LIU, K. K. Y.; ROWE, B. Green roofs as urban ecosystems: ecological structures, functions, and services. Bioscience, v.57, n.10, p. 823-833, 2007.

PAIVA, R.F.P.S. Morbidade hospitalar por doenças associadas à poluição do ar na cidade de Volta Redonda, Rio de Janeiro: casos e custo econômico. Caderno Saúde Coletiva, v.22, n.2, 2014.

PARAÍBA. Lei n.º 10.047, de 09 de julho de 2013. Dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação do “Telhado Verde” nos lo­cais que especifica, e dá outras providências. Disponível em: <http://201.65.213.154:8080/sapl/sapl_documentos/norma_ju­ridica/10763_texto_integral>.

PEITER, P. & TOBAR, C. Poluição do ar e condições de vida: uma análise geográfica de riscos à saúde em Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 14(3):473-485, jul-set, 1998.

PINTO, S. T.; PEIXOTO, M. N.; MELLO, E. V.; MOURA, J. R. Análise temporal de feições erosivas e escorregamentos no Município de Volta Redonda – RJ. In: Anais do Simpósio Nacional de Geomorfologia, Goiânia – GO, n.6, 2006.

PORTAL VR. Turismo: bairro Retiro. Disponível em: http://www.portalvr.com/turismo/mod/centro_comercial/. Acesso em: 23/03/2016.

PORTAL VR. Mapa da Cidade de Volta Redonda. Disponível em: http://www.portalvr.com/ippu/mod/informacoes/mapa_cidade.php. Acesso em: 03/03/2017.

RANGEL, A. C. L. C.; ARANHA, K. C.; SILVA, M. C. B. C. Os telhados verdes nas políticas ambientais como medida indutora para sustentabilidade. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, v.35, p.397-409, dez.2015.

RECIFE. Lei n.° 18.112/2015. Dispõe sobre a melhoria da qualidade ambiental das edificações por meio da obrigatoriedade de instalação do “telhado verde”, e construção de reservatórios de acúmulo ou de retardo do escoamento das águas pluviais para a rede de drenagem e dá outras providências. Disponível em: https://ecotelhado.com/wp-content/uploads/2015/03/Lei-telhado-verde-Recife-2015.pdf.

RIBEIRO, K. T.; et al. Ocupação por Brachiaria spp.(Poaceae) no Parque Nacional da Serra do Cipó e infestação decorrente da obra de pavimentação da rodovia MG-010, na APA Morro da Pedreira, Minas Gerais. Anais... Brasília – DF, p.1-17, 2005.

ROSSETI, K. A. C. Estudo do desempenho de coberturas verdes como estratégia passiva de condicionamento térmico dos edifícios na cidade de Cuiabá, MT. Dissertação de Mestrado em Física Ambiental, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, p. 130, 2009.

ROTERMUND, R. M. Análise e planejamento da floresta urbana enquanto elemento da infraestrutura verde: estudo aplicado à bacia do córrego Judas/Maria Joaquina, São Paulo, SP. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, p.158, 2012.

SAVI, A. C. Telhados verdes: análise comparativa de custo com sistemas tradicionais de cobertura. Monografia de Especialização em Construções Sustentáveis, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, p.128, 2012.

SHARP, R. J. Introduction to Green Walls: technology, benefits & design. Toronto: Green Roofs for Healthy Cities, 2008.

SILVA, N. C. Telhado verde: sistema construtivo de maior eficiência e menor impacto ambiental. Monografia de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia da UFMG, Belo Horizonte, MG, p. 63, 2011.

SPEAK, A. F.; ROTHWELL, J. J.; LINDLEY, S. J.; SMITH, C. L. Urban particulate pollution reduction by four species of green roof vegetation in a UK city. Atmospheric Environment, vol.61, pp. 283-293, 2012.

SOR, J. L.; CLEVELÁRIO JÚNIOR, J.; GUIMARÃES, L. T.; MORENO, R. A. M. Relatório piloto com aplicação da metodologia IPPS ao estado do Rio de Janeiro: uma estimativa do potencial de poluição industrial do ar. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2008.

ULRICH, R. S. Biophilia and Natural Landscapes. In: Kellert, S.R.; Wilson, E. (Ed.). The Biophilia Hypothesis. Washington, DC: Island: Shearwater Books. p.73-137, 1993.

YANG, J.; YU, Q.; GONG, P. Quantifying air pollution removal by green roofs in Chicago. Atmospheric Environment, v.42, 31, pp. 7266–7273, 2008.

Downloads

Publicado

2017-07-11

Como Citar

TELHADOS VERDES COMO POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ. (2017). Revista LABVERDE, 8(1), 13-35. https://doi.org/10.11606/issn.2179-2275.v8i1p13-35