Autonomia da música e o papel do compositor na vanguarda pós-1950

Autores

  • Ísis Biazioli de Oliveira Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes
  • Mário Videira Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes http://orcid.org/0000-0002-3863-176X

DOI:

https://doi.org/10.11606/rm.v17i1.144605

Palavras-chave:

Autonomia da música, forma musical, Theodor Adorno, György Ligeti, Pierre Boulez, Carl Dahlhaus

Resumo

Um dos marcos iniciais do processo de autonomização da arte musical foi a publicação do ensaio Do Belo Musical(1854). Nele, o crítico Eduard Hanslick já estabelecia a exigência de que a música fosse considerada em virtude de sua coerência interna, enquanto “formas sonoras em movimento”. Ao defender uma estética do “especificamente musical”, Hanslick é tido como o inaugurador do formalismo em música, corrente que será desenvolvida na primeira metade do século XX por compositores como Schoenberg, Berg e, principalmente, Webern. Décadas mais tarde, alguns jovens compositores ligados à Escola de Darmstadt colocarão em questão o conceito de forma musical e de “obra”, tal como eram compreendidos até então. Ao procurar uma autonomia radical, a música tenderia a se autonomizar do próprio compositor, correndo o risco de cair em automatismos – sejam eles matemáticos ou aleatórios. A partir das discussões realizadas durante um congresso intitulado “Forma na Nova Música” (organizado no âmbito dos Internationale Ferienkurse für Neue Musik em Darmstadt – 1965) e alguns textos complementares, o presente trabalho tem por objetivo expor, discutir e relacionar as posições de Theodor Adorno, György Ligeti, Pierre Boulez e Carl Dahlhaus a respeito da crise da forma musical no século XX e sua relação com o lugar do sujeito criador na composição musical na vanguarda pós-1950.


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Publicado

2017-03-21

Como Citar

Autonomia da música e o papel do compositor na vanguarda pós-1950. (2017). Revista Música, 17(1), 154-180. https://doi.org/10.11606/rm.v17i1.144605