Os novelos de fibras do abrigo rupestre Santa Elina (Jangada, MT, Brasil): anatomia vegetal e paleoetnobotânica.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2001.109417Palavras-chave:
Fibras vegetais - Paleoetnobotânica, arqueobotânica - Aristolochia, Aristolochiaceae - Anatomia vegetal - Anatomia da madeira - Anatomia do lenho.Resumo
O Abrigo Rupestre Santa Elina rica em Jangada, MT, Brasil, é formado por uma dobra calcária da Bacia do Paraguai e apresenta sedimentos de sucessivas ocupações humanas nos últimos 6.000 anos. Esses sedimentos possuem vestígios vegetais bem conservados em quantidade, como carvões, madeiras, macro-restos vegetais, fibras e artefatos de fibras vegetais, principalmente nas camadas mais recentes. Artefatos de fibras enroladas semelhantes a ninhos de pássaros, referidos como novelos ou maranhas foram estudados histológicamente por meio de técnicas de anatomia vegetal e identificados com base em uma coleção de referência de material lenhoso da região e materiais de herbários. As fibras foram identificadas como sendo de caules de lianas lenhosas do gênero Aristolochia, provavelmente da espécie A. esperanzae O. Kuntze, família Aristolochiaceae. Diversas espécies de Aristolochia, conhecidas como papo-de-peru ou milhome, são usadas como plantas medicinais em várias partes do mundo para muitas finalidades, sendo que também são apontados os usos como repelentes ou amuletos contra cobras. Os novelos arqueológicos podem ter tido algum desses usos e são indicadores de ocorrência de formações florestais, provavelmente indicando condições ecológicas semelhantes às atuais.Downloads
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Publicado
2001-12-16
Como Citar
Ceccantini, G. C. T., & Gusselia, L. W. (2001). Os novelos de fibras do abrigo rupestre Santa Elina (Jangada, MT, Brasil): anatomia vegetal e paleoetnobotânica. Revista Do Museu De Arqueologia E Etnologia, (11), 189-200. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2001.109417
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Artigos
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