O Museu Vivo Antonio Samias e a sustentabilidade sociocultural dos índios Kokama

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2018.151534

Palavras-chave:

Identidade indígena, Sustentabilidade sociocultural, Museu Vivo Antônio Samias, Ecomuseus, Diversidade cultural

Resumo

A criação da Associação dos Índios Kokamas Residentes no Município de Manaus (AKIM) tem ampliado as possibilidades de fortalecimento da identidade e alcance de políticas públicas definidas para os povos indígenas, submetidos a um processo de invisibilidade social desde a ocupação da Amazônia pelos colonizadores. Esta pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico, tem como objetivo analisar a articulação comunitária dos Kokama na criação do Museu Vivo Antônio Samias como forma de reafirmação da identidade étnica e sustentabilidade sociocultural. Desse modo, percebeu-se que, ao agirem em comunidade/organização sociopolítica, na luta pelo processo de ressignificação cultural, os Kokama estabeleceram uma parceria com o Projeto da Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) para reforçar as práticas sociais de seu povo e de seus líderes, como mecanismo de fortalecimento da memória e resistência étnica.

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Biografia do Autor

  • Daniela Sulamita Almeida da Trindade, Universidade do Estado do Amazonas

    Mestra em Educação e Ensino de Ciências pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Doutoranda
    do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

  • Denis Gomes Cordeiro, Universidade do Estado do Amazonas

    Graduado em pedagogia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pós-graduando em  Neuropsicopedagogia Clínica e em Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial Inclusiva do Censupeg.

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Publicado

2018-10-09

Edição

Seção

Estudos museológicos

Como Citar

TRINDADE, Daniela Sulamita Almeida da; CORDEIRO, Denis Gomes. O Museu Vivo Antonio Samias e a sustentabilidade sociocultural dos índios Kokama. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 30, p. 104–117, 2018. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2018.151534. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/151534.. Acesso em: 16 abr. 2024.