Conchas aos montes: situando os montes artificiais de conchas nos estudos da pré-história brasileira e japonesa

Autores

  • Silvia Reis Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Claudia Rodrigues Carvalho Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2017.117588

Palavras-chave:

Sambaqui, Kaizuka, Arqueologia brasileira, Arqueologia japonesa.

Resumo

Sítios arqueológicos marcados pela aparente presença de conchas, nomeados assim por sua característica mais visível, podem ser encontrados em diferentes regiões do mundo. No Brasil, conhecidos principalmente como sambaqui, e no Japão como kaizuka, os estudos de tais montes de conchas estão inseridos em questões locais, regionais e mundiais. Assim, buscamos situar os estudos de montes de conchas em relação aos questionamentos dos quais são objeto e, em uma perspectiva comparada, em que medida estão inseridos em linhas investigativas passíveis de diálogo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Silvia Reis, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Museu Nacional. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

  • Claudia Rodrigues Carvalho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Museu Nacional. Programa de Pós-Graduação em Arqueologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

BANDEIRA, Arkley. (2006). O povoamento da América visto a partir dos sambaquis do litoral equatorial amazônico do Brasil. Fundhamentos, São Raimundo Nonato, 7:431-468.

CALIPPO, Flávio Rizzi. (2010). Sociedade sambaquieira, comunidades marítimas. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Arqueologia, MAE/USP.

GASPAR, Maria Dulce. (2004). Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

HABU, Junko. (2004). Ancient Jōmon of Japan. Cambridge: Cambridge University Press.

HUDSON, Mark. (2005). For the people, by the people: postwar Japanese archaeology and the Early Paleolithic hoax. Anthropological Science, 113(2):131–139.

IMAMURA, Keiji. (1996). Prehistoric Japan. Honolulu: University of Hawai’i Press.

_______________. (2000a). Archaeological Research of the Jōmon Period in the 21st Century. In: SAKAMURA, Ken (ed.). Digital Museum 2000: Memory of Jōmon Period. Disponível em: http://www.um.u-tokyo.ac.jp/publish_db/2000dm2k/english/02/02-02.html

_______________. (2000b). Collections of Morse from the Shell Mounds of Omori. In: SAKAMURA, Ken (ed.). Digital Museum 2000: Memory of Jōmon Period. Disponível em: http://www.um.u-tokyo.ac.jp/publish_db/2000dm2k/english/02/02-03.html

KOBAYASHI, Tatsuo. (2004). Jōmon reflections – Forager life and culture in the pre-historic Japanese archipelago. Oxford: Oxbow Books.

LOUREIRO, André Garcia. (2003). Os aterros (cerritos) na fronteira Brasil – Uruguai: uma abordagem histórica e teórico-conceitual. Techné, Instituto Politécnico de Tomar, n.8.

MATSU’URA, Shuji; KONDO, Megumi. (2011). Relative chronology of the Minatogawa and the Upper Minatogawa series of human remains from Okinawa Island, Japan. Anthropological Science, 119(2):173-182.

MIZOGUCHI, Koji. (2002). An archaeological history of Japan – 30.000 BC to AD 700. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.

________________. (2006). Archaeology, Society and Identity in Modern Japan. Cambridge: Cambridge University Press.

MORSE, Edward S. (1877). Traces of Early Man in Japan. Nature, XVII:89.

________________. (1879) Shell Mounds of Ōmori. Memoirs of the Science Department, 1(1).

NEVES, Walter; HUBBE, Mark; STRAUSS, André; BERNARDO, Danilo. (2014). Morfologia craniana dos remanescentes ósseos humanos da Lapa do Santo, Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil: implicações para o povoamento das Américas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 9:715-740.

PROUS, André. (1992). Arqueologia brasileira. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

RAGHAVAN, Maanasa et al. (2015). Genomic evidence for the Pleistocene and recent population history of Native Americans. Science, 349:6250
DOI: 10.1126/science.aab3884

ROMEY, Kristin. (2001). "God's Hands" Did the Devil's Work. Archaeology, 54(1), Archaeological Institute of America. Disponível em: archive.archaeology.org/0101/newsbriefs/godshands.html

SASAKI, Chūjirō; IIJIMA, Isao. (1880). Jōshū Okadaira kaikyo hōkoku. Gakugei Shirin, 6:91-110.

SCHIAVETTO, Solange. (2005). A questão étnica do discurso arqueológico: afirmação de uma identidade indígena minoritária ou inserção na identidade nacional? In: FUNARI, Pedro Paulo; ORSER, Charles; SCHIAVETTO, Solange. Identidades, discurso e poder: estudos da arqueologia contemporânea. São Paulo: FAPESP.

SEGUCHI, Noriko; MCKEOWN, Ashley; SCHMIDT, Ryan; UMEDA, Hideyuki; BRACE, C. Loring. (2011). An alternative view of the peopling of South America: Lagoa Santa in craniometric perspective. Anthropological Science, 119(1):21-38.

SKOGLUND, Pontus et al. (2015). Genetic evidence for two founding populations of the Americas. Nature, 525:104–108. DOI:10.1038/nature14895

WESOLOWSKI, V.; MENDONÇA DE SOUZA, S.M.F.; KARL REINHARD, K.; CECCANTINI, G. (2007). Grânulos de amido e fitólitos em cálculos dentários humanos: contribuição ao estudo do modo de vida e subsistência de grupos sambaquianos do litoral sul do Brasil. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 17.

YAMAGUCHI, Bin. (1990). The Hand Bones of the Jōmon Remains from the Ebishima (Kaitori) Shell Mound in Hanaizumi, Iwate Prefecture. Bulletin of the National Science Museum, Tokyo, ser. D, n.16.

________________. (1991). The Foot Bones of the Jōmon Remains from the Ebishima (Kaitori) Shell Mound in Hanaizumi, Iwate Prefecture. Bulletin of the National Science Museum, Tokyo, ser. D, n.17.

Downloads

Publicado

2017-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

REIS, Silvia; CARVALHO, Claudia Rodrigues. Conchas aos montes: situando os montes artificiais de conchas nos estudos da pré-história brasileira e japonesa. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 28, 2017. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2017.117588. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/117588.. Acesso em: 20 abr. 2024.