USP: o êxito e a crise

Autores

  • Sergio Adorno Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i105p75-86

Palavras-chave:

universidade, crise de identidade, liberdade e autonomia, especialização, transversalidade do conhecimento.

Resumo

Este ensaio parte de uma indagação: há uma crise na universidade brasileira, em especial na USP? Se há, qual a sua natureza, magnitude e razões possíveis? Inicialmente, é abordada a crise de identidade a partir de suas raízes históricas na reforma universitária formulada e implementada pelo regime autoritário, em 1968. Também são vistos alguns dilemas, tais como o de assegurar a permanência de alguns de seus eixos: liberdade de criação intelectual, autonomia de organização interna, indivisibilidade entre ensino, pesquisa, produção da cultura e extensão. Se houve ganhos com a acelerada especialização disciplinar e com os fortes incentivos à divulgação e à internacionalização do conhecimento produzido, é certo também que essas novas tendências acentuaram os efeitos negativos da burocratização excessiva e contribuíram para estabelecer hiatos na comunicação política entre os atores que compõem os três corpos da universidade.

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Biografia do Autor

  • Sergio Adorno, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    é professor titular de Sociologia, diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) e coordenador científico do Núcleo de Estudos da Violência NEV/Cepid-USP.

Referências

GOLDEMBERG, J. (org.). USP 80 Anos. São Paulo, Edusp, 2015.

WEBER, M. Ensaios de Sociologia. Org. de Hans Gerth e C. W. Mills. 2a ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.

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Publicado

2015-06-15

Edição

Seção

Dossiê Universidade em Movimento

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