Organismos transgênicos no Brasil: regular ou desregular?

Autores

  • Walter Colli Universidade de São Paulo. Instituto de Química. Departamento de Bioquímica

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i89p148-173

Palavras-chave:

transgênicos, análises de risco, saúde, ambiente

Resumo

A análise de risco de OGM ou transgênicos segue protocolos internacionais através das quais se pergunta sobre o possível dano (efeito adverso), a forma de aparecimento do dano (riscos), os riscos significativos que mereçam análise detalhada e de que forma o risco identificado será observado e medido (avaliação). Assim como no Brasil, análises de risco efetuadas em outros países nos últimos quinze anos nunca evidenciaram, nos produtos liberados, efeitos adversos à saúde humana e animal ou ao ambiente. O excesso de regulamentação favorece as grandes empresas que têm recursos e tempo para atender a todas as demandas regulatórias. No entanto, pequenas empresas ou estatais como a Embrapa não têm orçamento para cumprir com os exageros do excesso de regulamentação. Por isso, o Brasil, tendo em vista a experiência dos outros países, além de sua própria experiência, deve introduzir mais racionalidade no debate e começar a desregular o que está regulado em demasia. As plantas transgênicas, além de inócuas, trazem vantagens econômicas e ao meio ambiente. Comprovadamente, reduzem o uso de água por exigir menos inseticidas e economizam o uso de óleo diesel reduzindo a emissão de CO2 na atmosfera.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Walter Colli, Universidade de São Paulo. Instituto de Química. Departamento de Bioquímica

    é professor titular aposentado do Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da USP. 

Referências

ANDRADE, P. P.; NEPOMUCENO, A. L.; VIEIRA, M. L. C.; BARROSO, P. A. V.; TAPIAS, B. A.; COLLI, W. & PAIVA, E. Milho Geneticamente Modificado: Bases Científicas das Normas de Coexistência entre Cultivares. 1a ed. Editora do Ministério de Ciência e Tecnologia, 2009.

BROOKES, G. & BARFOOT, P. “Global Impact of Biotech Crops: Socio-Economic and Environmental Effects in the First Ten Years of Commercial Use”, in AgBioForum 9, 2006, pp. 139-51.

CÉLERES AMBIENTAL. The Social Environmental Benefits from Crop Biotechnology in Brazil: 1996-2009. Uberlândia, 2010 (www.celeresambiental.com.br).

DELANEY, B.; ASTWOOD, J. D.; CUNNY, H.; CONN, R. E.; HEROUET-GUICHENEY, C.; MACINTOSH, S.; MEYER, L. S.; PRIVALLE, L.; GAO, Y.; MATTSSON, J. & LEVINE, M. “Evaluation of Protein Safety in the Context of Agricultural Biotechnology”, in Food Chem. Toxicol. 46, 2008, S71-S97.

FEDOROFF, N. & BROWN, N. M. Mendel in the Kitchen: A Scientist’s View of Genetically Modified Foods. Joseph Henry Press, Washington, DC., 2004.

GOODMAN, R. E.; VIETHS, S.; SAMPSON, H. A.; HILL, D.; EBISAWA, M.; TAYLOR, S. & VAN REE, R. “Allergenicity Assessment of Genetically Modified Crops – What Makes Sense?”, in Nature Biotech. 26, 2008, pp. 73-81.

JAMES, C. Global Status of Commercialized Biotech/GM Crops: 2009. ISAAA Brief nº 41, ISAAA, Ithaca, NY.

KEESE, P. “Risks from GMOs due to Horizontal Gene Transfer. Environ”, in Biosafety Res. 7, 2008, pp. 123-49.

KEESE, P. Office of the Gene Technology Regulator. Risk Analysis Framework. http://www.ogtr.gov.au/internet/ogtr/publishing.nsf/Content/ riskassessments-1. 2009.

MALARKEY, T. “Human Health Concerns with GM Crops”, in Mutation Res. 544, 2003, pp. 217-21.

POTRYKUS, I. & AMMANN, K. “Transgenic Plants for Food Security in the Context of Development”, in New Biotechnology 27, 2010, pp. 445-717.

RAYBOULD, A. “Problem Formulation and Hypothesis Testing for Environmental Risk Assessments of Genetically Modified Crops”, in Environ. Biosafety Res. 5, 2006, pp. 119-26.

ROMEIS, J.; BARTSCH, D.; BIGLER, F.; CANDOLFI, M. P.; GIELKENS, M. M. C.; HARTLEY, S. E.; HELLMICH, R. L.; HUESING, J. E.; JEPSON, P. C.; LAYTON, R.; QUEMADA, H.; RAYBOULD, A.; ROSE, R. I.; SCHIEMANN, J.; SEARS, M. K.; SHELTON, A. M.; SEET, J.; VAITUZIS, Z. & WOLT, J. D. “Assessment of Risk of Insect-resistant Transgenic Crops to Nontarget Arthropods”, in Nature Biotechnology 26, 2008, pp. 203-8.

VAN DEN BELT, H. “Debating the Precautionary Principle: ‘Guilty until Proven Innocent’ or ‘Innocent until Proven Guilty’”?, in Plant Physiol. 132, 2003, pp. 1.122-6.

WATSON, J. D.; BERRY, Andrew. DNA: o Segredo da Vida. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.

Downloads

Publicado

2011-05-01

Como Citar

Organismos transgênicos no Brasil: regular ou desregular? . (2011). Revista USP, 89, 148-173. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i89p148-173