Obstáculos ao investimento em P&D de empresas estrangeiras no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i89p244-255Palavras-chave:
empresas estrangeiras, investimentos em P&D, mercado, clustersResumo
O objetivo deste artigo é apontar para a presença de certas barreiras ao investimento em P&D de empresas estrangeiras no Brasil, assim como discutir condições para sua superação. Seu ponto de partida é o de que as subsidiárias brasileiras de empresas internacionais, que, em seu conjunto, já participam significativamente do esforço total de P&D empresarial, poderiam ampliar ainda mais essa participação no futuro desde que essas barreiras ao investimento em P&D externo possam ser contornadas. As conclusões principais são de que são boas as perspectivas de atração de investimentos em P&D "orientados pelo mercado". O que, no passado relativamente recente, constituía uma barreira hoje se tornou uma vantagem em decorrência do peso crescente das grandes economias emergentes no mercado global. Quanto aos investimentos em P&D "orientados pela tecnologia", persistem muitas dificuldades para o país tornar-se atraente, especialmente com relação à formação de recursos humanos de alto nível e à presença de instituições acadêmicas sólidas e de clusters tecnológicos de certo porte.
Downloads
Referências
ANPEI. Como Alavancar a Inovação nas Empresas. São Paulo, junho de 2004.
BRITO CRUZ, C. H. e CHAIMOVICH, H. (2010). Unesco Science Report 2010 – The Current Status of Science around the World, cap. 5 Brazil.
BRUCHE, G. “The Emergence of China and India as New Competitors in MNCs’ Innovation Networks”, in Competition & Change. vol. 13. no 3, September 2009, pp. 267-88.
CGEE. Doutores 2010: Estudos da Demografia da Base Técnico-científica Brasileira, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Brasília.
COUTO, V. et alii. The Globalization of White-Collar Work: The Facts and Fallout of Next-generation Offshoring, Offshoring Research Network. Duke – The Fuqua School of Business, 2006.
DUNNING, J. H. Multinational Enterprises and the Global Economy, Addison-Wesley, UK, 1993.
FLORIDA, R. “The Globalization of R&D: Results of a Survey of Foreign-affiliated R&D Laboratories in the USA”, in Research Policy 26, 1997, pp. 85-103.
GAMMELTOFT, Peter. Internationalisation of R&D: Trends, Drivers, and Managerial Challenges, Druid Tenth Anniversary Summer Conference 2005 on Dynamics of Industry and Innovation: Organizations, Networks and Systems, Copenhagen, Denmark, June 27-29, 2005.
KUMMERLE, W. “Building effective R&D capabilities abroad”, in Harvard Business Review, mar.-abr., 1997, pp. 61-70.
NATIONAL SCIENCE BOARD. Science and Engineering Indicators. Volume 1, 2008.
OECD. Science, Technology and Industry Outlook 2008.
OECD. Science, Technology and Industry Outlook 2010.
PATEL, P. and PAVITT, K. “National Systems of Innovation Under Strain: the Internationalisation of Corporate R&D”, in R. Barrel, G. Mason and M. Mahony (eds.). Productivity, Innovation and Economic Performance. Cambridge University Press, 2000.
PEARCE, R. e SINGH, S. Globalising Research and Development, MacMillan, Londres, 1992.
QUEIROZ, S. et alii. Políticas de Desenvolvimento de Atividades Tecnológicas em Filiais Brasileiras de Multinacionais. Fapesp, Relatório Científico. Campinas, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista USP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |