A cruz da questão: o uso de argumentos laicos na permanência de símbolos católicos em locais públicos brasileiros

Autores

  • Guilherme Borges Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i120p95-108

Palavras-chave:

religião, política, Igreja Católica, símbolos religiosos, direitos humanos

Resumo

O foco deste trabalho está em observar discursos de bispos católicos proferidos em reação à possibilidade de símbolos religiosos serem retirados de estabelecimentos públicos. Para isso, são observadas respostas do Episcopado ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), lançado pelo governo federal brasileiro em finais de 2009. Entre os itens do documento, consta a proposta de impedir a ostentação de signos confessionais em recintos da União. Ao analisar os argumentos eclesiásticos, salta aos olhos como a “arma da cultura” é acionada nessa controvérsia. Trata-se de uma abordagem que se distancia dos modelos discursivos historicamente adotados pela Igreja no Brasil. Não se questiona a laicidade do Estado, como era feito outrora, nem se lança mão do catecismo ou das “leis de Deus”.

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Biografia do Autor

Guilherme Borges, Universidade de São Paulo

é doutorando em Sociologia pela Universidade de São Paulo e membro do grupo de pesquisa Diversidade Religiosa na Sociedade Secularizada do CNPq

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Publicado

2019-03-11

Como Citar

Borges, G. (2019). A cruz da questão: o uso de argumentos laicos na permanência de símbolos católicos em locais públicos brasileiros. Revista USP, (120), 95-108. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i120p95-108

Edição

Seção

Dossiê religião e modernidade