Comércio interno e manufaturas nos tempos da Independência do Brasil

Autores

  • Maria Alice Rosa Ribeiro Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i132p59-78

Palavras-chave:

Comércio de escravizados, Comércio interno, Manufaturas, Siderurgia

Resumo

O artigo discute o tema do comércio interno e das manufaturas na época da Independência. Na primeira parte abordamos o comércio interno – o tráfico de escravizados, distinguindo os negociantes do comércio atlântico daqueles que atuavam na distribuição de escravizados no mercado interno. Tratamos do comércio de abastecimento de alimentos e de manufaturados comuns transacionados pelos tropeiros e pelas vendas, e do comércio de manufaturados importados mais sofisticados. Na segunda parte, o foco recai sobre a produção manufatureira, a indústria artesanal doméstica, baseada no beneficiamento de matérias-primas, algodão, alimentos e bebidas, cerâmica, olaria, etc. Por fim, é tratada uma das mais importantes atividades industriais, as fábricas de ferro, a siderurgia.

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Biografia do Autor

  • Maria Alice Rosa Ribeiro, Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras

    Professora da FCL/Unesp e pesquisadora colaboradora do Centro de Memória-Unicamp (CMU).

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Publicado

2022-04-04

Edição

Seção

Dossiê bicentenário da independência: economia

Como Citar

RIBEIRO, Maria Alice Rosa. Comércio interno e manufaturas nos tempos da Independência do Brasil. Revista USP, São Paulo, Brasil, n. 132, p. 59–78, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.i132p59-78. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/196263.. Acesso em: 25 abr. 2024.