O sequestro da Independência

Autores

  • Lilia Moritz Schwarcz Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i133p13-32

Palavras-chave:

Independência do Brasil, Pedro Américo, monarquia

Resumo

O objetivo deste artigo é rever a “lenda dourada da Independência”, que toma o final pelo começo: a saída conservadora e monárquica como se fosse um dado inevitável. Não era, e vale a pena estruturar as bases dessa interpretação muito calcada na experiência do Sudeste – em especial Rio de Janeiro e São Paulo – e na elaboração da tela de Pedro Américo, chamada Independência ou morte, que foi, na verdade, um presente de filho para pai; uma tentativa de elevar a monarquia num momento de crise e que resultaria no seu final.

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Biografia do Autor

  • Lilia Moritz Schwarcz, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Professora do Departamento de Antropologia da FFLCH/USP e autora de, entre outros, Lima Barreto: triste visionário (Companhia das Letras).

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Publicado

2022-06-28

Edição

Seção

Dossiê bicentenário da independência: Cultura e Sociedade

Como Citar

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O sequestro da Independência. Revista USP, São Paulo, Brasil, n. 133, p. 13–32, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.i133p13-32. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/199281.. Acesso em: 10 maio. 2024.