Duzentos anos de ciência no Brasil

Autores

  • Hernan Chaimovich Universidade de São Paulo. Instituto de Química
  • Paulo Alves Porto Universidade de São Paulo. Instituto de Química

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i135p19-40

Palavras-chave:

Independência, Universidade de São Paulo, Ciência brasileira

Resumo

O território e os habitantes do Brasil foram fontes de conhecimento para a ciência europeia e riqueza para Portugal. Na Independência surgem as primeiras instituições de ensino e pesquisa. Mesmo com destaques isolados de alguns institutos, foi somente no início do século XX que a pesquisa se institucionalizou, basicamente a partir da fundação da Universidade de São Paulo, em 1934. Especialmente desde a década de 1970, as descobertas de cientistas brasileiros aumentaram o seu impacto. Atualmente, o volume da produção da ciência brasileira é destaque, mas a sua visibilidade continua sendo menor que a média mundial. A ciência é internacional, mas existe em um ambiente social local. A dimensão e a qualificação da comunidade científica permitem que a ciência de excelência amplie sua contribuição para o desenvolvimento justo e sustentável do Brasil.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Hernan Chaimovich, Universidade de São Paulo. Instituto de Química

    Professor Emérito do Instituto de Química da USP

  • Paulo Alves Porto, Universidade de São Paulo. Instituto de Química

    Professor associado do Instituto de Química da USP

Referências

AZEVEDO, F. de. As ciências no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1994.

BALDANI, J. et al. “Recent advances in BNF with non-legume plants”. Soil Biology and Biochemistry, 29 (5-6), 1997, pp. 911-22.

BASALLA, G. “The spread of western science”. Science, 156 (3775), 1967, pp. 611-22.

BENCHIMOL, J. L.; SÁ, M. R. (orgs.) Trabalhos de Adolpho Lutz publicados no volume I - Adolpho Lutz works published in volume I. Editora Fiocruz, 2004.

BEN-DAVID, J. The scientist’s role in society - a comparative study. Prentice Hall, 1971.

BORNMANN, L. “Measuring the societal impact of research: research is less and less assessed on scientific impact alone – we should aim to quantify the increasingly important contributions of science to society”. EMBO Reports, 13 (8), 2012, pp. 673-6.

BRITO CRUZ, C. H. de. “A pesquisa científica e tecnológica no Brasil”, 2002a. Informação disponível em: https://www.researchgate.net/publication/358038914_A_pesquisa_cientifica_e_tecnologica_no_Brasil. Acesso: 23/ago./2022.

BRITO CRUZ, C. H. de. “Pesquisadores em empresas são essenciais ao desenvolvimento”, 2022b. Informação disponível em: https://valor.globo.com/opiniao/coluna/pesquisadores-em-empresas-sao-essenciais-ao-desenvolvimento.ghtml. Acesso: 23/ago./2022.

BRITO CRUZ, C. H. de; CHAIMOVICH, H. Relatório Unesco sobre ciência. O atual status da ciência em torno do mundo. Visão Geral e Brasil, Capítulo 5, 2010, pp. 33-51 (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000189883). Revista USP • São Paulo • n. 135 • p. 19-40 • outubro/novembro/dezembro 2022 39

CANIZARES-ESGUERRA, J.; CUETO, M. “Latin American science: The long view”. NACLA Report on the Americas, 35, 2002, pp. 18-22.

CHAGAS, C. “Natural infection of para monkeys (Chrysothrix sciureus L.) by Trypanosoma cruzi”. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie et de ses Filiales, 90, 1924, pp. 873-6.

CHAGAS, C. “Some evolutive aspects of Trypanosoma cruzi in the transmitting insect”. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie et de ses Filiales, 97, 1927, pp. 829-32.

CHAIMOVICH, H. “Ciência, tecnologia e produção no Butantan”. Revista USP, 89, 2011, pp. 78-89.

CHAIMOVICH, H.; PEDROSA, R. H. L. Relatório de Ciências da Unesco. “A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente; resumo executivo e cenário brasileiro”. Capítulo 8, 2021, pp. 3-21 (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250).

CUETO, M. Missionaries of Science: The Rockefeller Foundation and Latin America. Indiana University Press, 1994.

DAL MOLIN, M.; PREVITALI, E. “Basic research public procurement: the impact on supplier companies”. Journal of Public Procurement, 19 (3), 2019, pp. 224-51.

DÖBEREINER, J. “Biological nitrogen fixation in the tropics: Social and economic contributions”. Soil Biology and Biochemistry, 29 (5/6), 1997, pp. 771-4.

FERRAZ, M. H. M. As ciências em Portugal e no Brasil (1772-1822): o texto conflituoso da química. São Paulo, Educ, 1997.

FERREIRA, L. O. “O ethos positivista e a institucionalização da ciência no Brasil no início do século XIX”. Fênix - Revista de

História e Estudos Culturais, 4 (3), 2007, pp. 1-10.

LATOUR, B. Science in action: how to follow scientists and engineers through society. Harvard University Press, 1987.

LATTES, C. M. G. et al. “Observations on the tracks of slow mesons in photographic emulsions”. Nature, 160, 1947, pp. 453-6.

LATTES, C. M. G. et al. “Processes involving charged mesons”. Nature, 159, 1947, pp. 694-7. LI, Y. et al. “Buying to develop: the experience of Brazil and China in using public procurement to drive innovation”. International Journal of Innovation and Technology Management, 17 (3), 2050021, 2020 (https://doi.org/10.1142/S0219877020500212).

LINSU, K. “The multifaceted evolution of Korean technological capabilities and its implications for contemporary policy”. Oxford Development Studies, 32 (3), 2004, pp. 341-63 (http://dx.doi.org/10.1080/1360081042000260566).

MARTINS, T.; ROCHA, A. “The regulation of the hypophysis by the testicle, and some problems of sexual dynamics (Experiments with parabiotic rats)”. Endocrynology, 15 (5), 1931, pp. 421-34.

MAZUCATTO, M. O Estado empreendedor: desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. Portfolio-Penguin, 2014. MILES, M. A. “The discovery of Chagas disease: progress and prejudice”. Infectious Diseases Clinics of North America, 18 (2), 2004, pp. 247-60.

MONTENEGRO, J. “Cutaneous reaction in leishmaniasis”. Arch. Dermatology and Syphilology, 13 (2), 1926, pp. 187-94.

MOTOYAMA, S.; FERRI, M. G. História das ciências no Brasil. São Paulo, Edusp, 1979. OLMO, R. et al. “Microbiome research as an effective driver of success stories in agrifoodsystems – A selection of case studies”. Frontiers in Microbiology, 13: 834622, 2022.

PEDROSA, R. H. de L.; CHAIMOVICH, H. Relatório de Ciências da Unesco. “Rumo a 2030. Visão Geral e Cenário Brasileiro”. Capítulo 8, 2015, pp. 39-57 (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000235407).

SÁ, M. R.; MIRANDA DE SÁ, D.; SILVA, A. F. C. da (eds.). As ciências na história das relações Brasil-EUA. Rio de Janeiro, Mauad Editora, 2020.

SCHWARTZMAN, S. Um espaço para a ciência: a formação da comunidade científica no Brasil. 4ª ed. Campinas, Editora da Unicamp, 2015.

SIÃO, J. F. M. “As contribuições de Theodosius Dobzhansky para o desenvolvimento da genética no Brasil (1943-1960): um estudo bibliométrico”. Filosofia e história da biologia, 2. 2007, pp. 203-25.

STADEN, H. Viagem ao Brasil. Petrópolis,Vozes, 2021.

STEPAN, N. “Beginnings of Brazilian science – Oswaldo Cruz, medical research and policy, 1890-1920. Science History Publications, 1976.

VELLOSO, J. P. dos R. Brasil: a solução positiva. São Paulo, Abril-Tec., 1978.

VITAL BRAZIL. La défense contre l’ophidisme. São Paulo, Pocai & Weiss, 1914.

WATAGHIN, G. “Remarks on the theory of protons and neutrons”. Physical Review, 48 (3), 1935, p. 284.

Downloads

Publicado

2022-12-22

Edição

Seção

Dossiê bicentenário da independência: ciência e tecnologia