O paradigma do ator e a sociologia da vida quotidiana: ampliação do campo sociológico ou redução do terceiro estágio comteano?
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0102-25551986000100020Resumo
Estaria a sociologia forjando, para usar um lexema na moda, um novo paradigma (no sentido kuhniano do termo) ou, ao contrário, trata-se somente da emergência de uma corrente de pensamento que, ainda há pouco em Strasbourg, Touraine chamava de cinismo na sociologia atual? A descoberta do ator (no sentido dramatúrgico do termo; noutro léxico diríamos, o agente) social não é nova. Se Gabriel Tarde não tivesse sido tão recalcado por Durkheim e seus epígones, talvez o isomorfema que tentava fundar tivesse se saído melhor na sociologia francesa. Nos E.U.A. o behaviorismo e a sociologia formal de Simmel deveriam dar origem a embriões mais bem nutridos: o interacionismo simbólico, a etnometodologia, a sociologia cognitiva, para citar só os mais importantes. Homens como G. H. Mead, A. Schutz, H. Garfinkel e sobretudo E. Goffman não são desconhecidos nos países de língua francesa. Suas obras talvez o sejam; mas chegou a bom tempo a hora das traduções.Downloads
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