Para que ler Ortega? (Uma introdução a El Quijote em La escuela).

Autores

  • Sylvio Roque de Guimarães Horta

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0102-25551993000100001

Resumo

Poderíamos caracterizar o filósofo como aquele que faz questão daquilo que faz. Como uma criança nas fases dos porquês, dos para quês e dos comos, vive instalado num enorme ponto de interrogação. Ortega y Gasset, quem sabe devido à dupla interrogação no espanhol, tenha vivido radicalmente esta condição. De fato, iniciava muitas de suas atividades indagando qual a razão de estarem gastando aquele tempo - que na vida é sempre tempo único e insubstituível - naquela aula de metafísica, naquela palestra de bi-centenário, ou naquele estudo de certa personalidade. Ortega não aceitava a divinização da cultura; e, por essa razão, investiu boa parte de sua vida em luta contra o classicismo - contra o que gostava de chamar a beataria da cultura. Não aceitava que a vida fosse subordinada à cultura, mas que, pelo contrário, esta é que haveria de se justificar perante a vida.

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Publicado

1993-06-01

Edição

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