Nota sôbre a freqüência do tronco Bicarótico no cão

Autores

  • Orlando Marques Paiva Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v4i2p271-280

Palavras-chave:

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Resumo

Esta nota, sôbre a freqüência do Truncus bicaroticus em cães, registra a ocorrência de 5 casos de emergência das Aa. carótides communes dextra e sinistra, por tronco comum, assinalados em 139 dissecções das colaterais calibrosas da aorta. O material utilizado compunha-se de animais adultos (72 machos, 19 fêmeas e 4 de sexo ignorado) e fetos de têrmo (17 machos, 22 fêmeas e 5 de sexo não apurado), totalizando 139 observações realizadas, predominantemente, em animais bastardos, dentre os quais, os adultos, apresentavam idades amplamente variáveis. Anotada 5 vêzes, ou seja, em 4 machos (obs. 5-9-14-65) e 1 fêmea (obs.
128), a ocorrência, apenas em um dos casos correspondia a feto de têrmo, macho (obs. 65). Em outros 3 exemplares, 1 fêmea (obs. 54) e 2 machos (obs. 104 e 135), todos adultos, processando-se a origem das Aa. carótidas comuns e subclávia
direita à mesma altura, a A. brachiocephalica assumia aspecto de trípode. O T. bicarótico estava presente também em 2 preparados, uma fêmea adulta (obs. 35) e um feto de têrmo, fêmea (obs. 6 6), mas, como disposição associada e conseqüente a anomalias de origem e de decurso da A. subclávia direita, descritas em trabalho precedente. Em grupo de 6 fetos de têrmo, provenientes da mesma cria (obs. 61 a 66), um dos machos (obs. 65) e uma das fêmeas (obs. 66) exibiam, respectivamente, T. bicarótico e A. subclávia direita como última colateral do Arco aórtico, enquanto os mais, nada ofereciam de particular. A interpretação dos achados teve por base a análise do desenvolvimento dos arcos branquiais do porco (O rts Llorca) ; neste animal, como se sabe, as Aa. carótidas comuns originam-se mediante tronco comum. Inicialmente, ao que parece, a fusão dos 4.9 e S.9 arcos direitos e do 3.” esquerdo e mais o crescimento intersticial determinariam a formação da A. braquiocefálica.
Admitindo-se que esta fusão possa se operar, eventualmente, com certa variabilidade e que o crescimento intersticial se venha a dar com maior intensidade entre os 3.9S arcos — e isto explicaria a constituição do T. bicarótico — compreender-se-iam as diferentes disposições que as colaterais daquela artéria
oferecem. Com os mesmos elementos, outras hipóteses julgadas verossímeis foram formuladas.

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Publicado

1950-12-14

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

Nota sôbre a freqüência do tronco Bicarótico no cão. (1950). Revista Da Faculdade De Medicina Veterinária, Universidade De São Paulo, 4(2), 271-280. https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v4i2p271-280