Saúde das Populações Indígenas Brasileiras: vulnerabilidades históricas e o enfrentamento da COVID-19 na atualidade

Autores

  • Ana Elisa Rodrigues Alves Ribeiro Universidade de Franca Autor
  • Regina Célia de Souza Beretta Autor

Palavras-chave:

Saúde de populações indígenas, Política Pública, Infecções por Coronavírus

Resumo

Na maior parte da história da saúde indígena, os diversos povos originários do Brasil contaram somente com seus recursos em saúde para o enfrentamento de ”novas” doenças. Em 1999, a Lei Arouca, marco organizacional do setor, estabeleceu o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena; antes disto, ações aleatórias em saúde aconteceram como forma de proteção social a estes povos. A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi aprovada em 2002, em 2010 foi criada a Secretaria Especial de Saúde Indígena para gestão do subsistema. Este histórico sinalizou maiores vulnerabilidades em saúde a estes povos, incluindo o atual cenário de pandemia do Sars-Cov-2. Esta é uma revisão integrativa, sobre como a COVID-19 envolveu os territórios indígenas brasileiros de forma específica e preocupante. Com números muito maiores para estes grupos, podendo-se sugerir impactos mais profundos, devido à inviabilização de identidade indígena e necessidades de melhoria de informação da saúde indígena, é preciso contextualizar para compreender estes desfechos atuais (e antigos) da saúde indígena. Mesmo com sinalizações prévias, os impactos desta doença incluíram perdas culturais irreparáveis, suas formas de vida, de tradição oral, e as características de risco da doença, levaram muitos guardiões dos saberes dos povos indígenas brasileiros.

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Biografia do Autor

  • Ana Elisa Rodrigues Alves Ribeiro, Universidade de Franca

    Graduada em Odontologia pela Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, e em Pedagogia pela Universidade Federal de Lavras Lavras, MG, Brasil. Mestre em ciências com ênfase em Biologia Oral pela Universidade de São Paulo e doutora em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca Atualmente é docente do curso de Odontologia da Universidade de Franca, Franca, SP, Brasil.

  • Regina Célia de Souza Beretta

    Graduada em Serviço Social pela Faculdade de Serviço Social de Araraquara, Araraquara, SP. Brasil, ,mestra e doutora em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Franca, SP, Brasil. É docente no Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde e líder do Grupo de pesquisa Populações vulneráveis e promoção da saúde na Universidade de Franca, Franca, SP, Brasil.

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Publicado

2022-06-21

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Saúde das Populações Indígenas Brasileiras: vulnerabilidades históricas e o enfrentamento da COVID-19 na atualidade. (2022). Revista Gestão & Políticas Públicas, 11(2), 306-319. https://www.revistas.usp.br/rgpp/article/view/186345