A Conservação da Natureza, a Cidade e a Necessidade de Transformação Socioecológica: que contribuição podem dar as reservas da biosfera da UNESCO?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/rgpp.v12i1.191338

Palavras-chave:

Reservas da Biosfera, Cinturão Verde de São Paulo, Inovação socioecológica, regiões modelo de desenvolvimento sustentável, Territorialidades

Resumo

Em meio as diversas contribuições e pesquisas de Neli Aparecida de Mello-Théry no campo ambiental e da sociedade, o presente artigo resgata a experiência do projeto Experimental Networks for Sustainability. Urban Biosphere Reserves as engines of transformation (ENESUS) e em especial destaque na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. As Reservas da Biosfera têm evoluído em conjunto com as mudanças dos conceitos de preservação e conservação e sob o marco das novas diretrizes do Marco de Sevilha, Plano de Madrid e o Plano de Lima as reservas devem ser “regiões modelo de desenvolvimento sustentável” e ‘laboratórios do mundo real”. Nesse aspecto a pesquisa objetivou identificar e mapear iniciativas socioecológicas inovadoras no território da reserva e seu potencial de transformação socioecológico, compreender o sucesso e fracasso das iniciativas assim como pontos fortes e do “formato” da inovação socioecológica, e analisar a contribuição da rede internacional das reservas da biosfera na ação local. Por meio de trabalhos de campo, surveys, entrevistas, e net mapping foi identificado um caráter mais preservacionista da reserva, mas com um potencial de promover inovações considerando as experiências que já teve como pelas diversas iniciativas que existem e ainda têm um caráter de nicho.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Martin Coy, Universidade Innsbruck

    Doutor em Geografia e livre-docência pela Universidade de Tübingen (Alemanha), professor e pesquisador do Instituto de Geografia na Universidade de Innsbruck (Áustria)

  • Tobias Töpfer, Universidade Innsbruck

    Doutor em Geografia pela Universidade de Innsbruck (Áustria), Senior Lecturer no Instituto de Geografia do Instituto de Geografia na Universidade de Innsbruck (Áustria)

  • Danilo Pereira Sato, Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades

    Graduado em Gestão Ambiental pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades e mestre e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Geografia humana da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Referências

AGEF – Arbeitsgruppe Entwicklungs- und Nachhaltigkeitsforschung. (2018). Direito à cidade em São Paulo: atores – usos – conflitos. Innsbruck: Universität Innsbruck, Institut für Geographie.

Ammering, Ute., Coy, Martin., Kindl, Lukas., Kratzer, A., Töpfer, Tobias. & Mello-Théry, Neli Aparecida de (2020). Am Rand großer Städte – Urbane Biosphere Reserves zwischen Konzept und Umsetzung. Em: Axel Borsdorf, Michael Jungmeier, Valerie Braun, Kati Heinrich (Orgs.). Biosphäre 4.0. UNESCO Biosphere Reserves als Modellregionen einer nachhaltigen Entwicklung. Berlin: Springer Spektrum, 185–202.

Borsdorf, Falk., Pelenc, Jérôme., Birgit Reutz-Hornsteiner, Birgit., Le Tourneau, François-Michel.,Velut, Sebastian., Coy, Martin. (2014). The contribution of biosphere reserves to regional sustainability: an institutional approach. International Journal of Sustainability Society, 6, 1 / 2, 60-81. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.1504/IJSSOC.2014.057890

Braun, Valerie., Humer-Gruber, Adelheid., Heinrich, Kati., Job, Hubert. (2020). Synopsis der Biosphere Reserves in Deutschland, Österreich und der Schweiz. Em Axel Borsdorf, Michael Jungmeier, Valerie Braun, & Kati Heinrich. (Orgs.). Biosphäre 4.0. UNESCO Biosphere Reserves als Modellregionen einer nachhaltigen Entwicklung. Berlin: Springer Spektrum.

Coy, Martin. (2013). Der Preis des brasilianischen Wirtschaftswunders. Umweltprobleme und Umweltpolitik in Brasilien. Der Bürger im Staat ½-, 63. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.1007/978-3-662-60707-7_10

Coy, Martin., & Töpfer, Tobias. (2016). São Paulo: Aktuelle Entwicklungstrends und Möglichkeiten der Transformation zur Nachhaltigkeit. Expertise für das WBGU (Wissenschaftlicher Beirat der Bundesregierung Globale Umweltveränderungen) – Hauptgutachten “Der Umzug der Menschheit: Die transformative Kraft der Städte”. Berlin: WBGU.

Coy, Martin., & Töepfer, Tobias. (2019). Direito à cidade em São Paulo: atores, usos e conflitos. Crónica de campo. Confins – Revista Franco-Brasileira de Geografia [online] 40. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.4000/confins.19305

De la Vega-Leinert, Cristina A., Nolasco, Marcelo A., & Stoll-Kleemann, Susanne. (2012). UNESCO Biosphere Reserves in an Urbanized World. Environment: Science and Policy for Sustainable Development 54(1), 26–37. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.1080/00139157.2012.639603

Diegues, Antonio C. (1995). The Mata Atlântica Biosphere Reserve: an Overview. Working Paper 1 of the South-South Cooperation Programme for Environmentally Sound Socio-Economic Development in the Humid Tropics. Paris: UNESCO.

Instituto AUÁ. (2016). Balanço Social 2016. Acessado em 23 de abril de 2022, de: http://institutoaua.org.br/wp-content/uploads/2015/05/Balan%C3%A7o-Social-AU%C3%81-2016.pdf

Kratzer, Armin. (2019): Parks and networks: Biosphere Reserves as tools for sustainability transitions in rural areas. Tese (Doutorado). University of Innsbruck, Innsbruck.

Kratzer, Armin., Ammering, Ute., Lesewa, Yvonne., & Unthan, Nils. (2019). Experimental networks for sustainability: Urbane Biosphärenreservate und ihre Rolle in Übergängen zur Nachhaltigkeit. Em: Institut für Geographie der Universität Innsbruck in Zusammenarbeit mit der Innsbrucker Geographischen Gesellschaft (Orgs.). Innsbrucker Jahresbericht 2018-2019. Innsbruck: Universität Innsbruck, 121–138.

Lino, Cleiton F.; Dias, Heloisa., & Albuquerque, João L., (2009). Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: revisão e atualização dos limites e zoneamento da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em base cartográfica digitalizada: fase VI. São Paulo. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

McDonald, Robert I., Forman, Richard T. T., Kareiva, Peter., Neugarten, Rachel., Salzer, Dan., & Fisher, Jon. (2009). Urban effects, distance, and protected areas in an urbanizing world. Landscape and Urban Planning, 93 (1), 63-75. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2009.06.002

Mello-Théry, Neli. Aparecida de. (2011). Conservação de áreas naturais em São Paulo. Estudos Avançados 25 (71), 175–188. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.1590/S0103-40142011000100012

Mello-Théry, Neli. Aparecida de., & Théry, Hervé. (2018). Políticas públicas e reservas da biosfera, desafios na gestão de cidades brasileiras. Confins – Revista Franco-Brasileira de Geografia [online] 38. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.4000/confins.16891

Mello-Théry, Neli. Aparecida de., & Théry, Hervé., Sato, Danilo Pereira., Tozato, Heloísa de C. (2020). Vulnerabilité, risques et conflits liés à l’eau: la zone de protection environnementale de la plaine inondable du Tietê. IdeAs. Idées des Amériques [online] 15. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.4000/ideas.8197

Mello-Théry, Neli Aparecida., Silva, Alessandro Soares da., Caldas, Eduardo de Lima., & Teixeira, Caio Penko. (2022). Models of Urban Governance and Social Movements in Latin America and the Caribbean. Em Jesús M. González-Pérez., Clara Irazábal., & Rubén C. Lois-González. The Routledge Handbook of Urban Studies in Latin America and the Caribbean. Nova Iorque: Routledge.

Ramos-Ribeiro, Rodrigo R. (2014). Green Belt Biosphere Reserve in the Brazilian City of São Paulo. Ecological Questions 20, 93–97. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.12775/EQ.2014.021

Rodrigues, Elaine A., Victor, Rodrigo A. B. M., & Pires, Bely C. C. (2006). A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo como Marco para a Gestão Integrada da Cidade, seus Serviços Ambientais e o Bem-Estar Humano. São Paulo em Perspectiva 20 (2), 71–89. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-481808

Rojas, Letícia S. (2018). Iniciativas socioambientais na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado). Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, São Paulo.

São Paulo (2020). Serviços Ecossistêmicos e Bem-Estar Humano na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. Elaine A. Rodrigues, Rodrigo A. B. M. Victor, Bely C. C. Pires, & Edgar F. de. Luca (eds.). São Paulo: Instituto Florestal.

Silva, Alessandro Soares da., Costa, Guilherme Borges da., Mello-Théry, Neli Aparecida. de., Zago, Ramon., Ferreira, Tatiana., Sato, Danilo Pereira., Tozato, Heloisa de Camargo., & Cavicchioli, Andrea. (2014). Oficinas Participativas na Elaboração do Plano de Manejo da APA-VRT. Revista Gestão & Políticas Públicas, 4(2), 240-262. Acessado em 23 de abril de 2022, de: https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v4p240-262

Stöckigt, Oliver. (2020). Der Einfluss sozialer Innovationen auf sozial-ökologische Transformationsprozesse. Eine prozessuale, akteurszentrierte Perspektive auf die Möglichkeit von Veränderung. Tese (Bacharelado). Institut für Geographie da Universität Innsbruck, Innsbruck.

Victor, Rodrigo A., De Britto Costa, Joaquim., Ab’Saber, Aziz N., Serrano, Ondalva., Domingos, Marisa., Pires, Bely C., Amazonas, Mauricio., & Victor, Mauro A. M. (2004). Application of the Biosphere Reserve Concept to Urban Areas. The Case of São Paulo City Green Belt Biosphere Reserve, Brazil – São Paulo Forest Institute: A Case Study for UNESCO. Annals of the New York Academy of Sciences, 1023, 237–281.

WBGU – German Advisory Council on Global Change. (2016). Humanity on the move: Unlocking the transformative power of cities. Berlin: WBGU.

Downloads

Publicado

2022-08-21

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

A Conservação da Natureza, a Cidade e a Necessidade de Transformação Socioecológica: que contribuição podem dar as reservas da biosfera da UNESCO?. (2022). Revista Gestão & Políticas Públicas, 12(1), 62-83. https://doi.org/10.11606/rgpp.v12i1.191338