Nem crime, nem castigo: o racismo na percepção do judiciário e das vítimas de atos de discriminação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i62p184-207Palavras-chave:
racismo, lei antirracismo, justiça racial, estudos culturais.Resumo
Neste artigo analisamos como casos de racismo , que compõem uma amostra de processos jurídicos ocorridos na cidade de São Paulo entre 2003 e 2011, foram percebidos pelo judiciário e pelas vítimas, e discutimos se essa experiência inf luenciou positivamente o sentimento de autorrespeito vivido pelas últimas. Avaliamos os achados da pesqui sa como peças de um discurso sobre a brasilidade construído, pelo lado do judiciário, por meio da desclassificação dos atos de racismos de modo que não sejam configurados como crimes; e, pelo lado das vítimas, em torno do desejo de resolverem esse conflito sem o recurso a medidas punitivas. Ambas as ações desqualificam a ação da lei antirracismo. Concluímos que esse discurso ratifica a regulação das relações raciais de modo a manter a crença na suposta harmonia da sociedade brasileira.Downloads
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Publicado
2015-11-13
Como Citar
Santos, G. A. dos. (2015). Nem crime, nem castigo: o racismo na percepção do judiciário e das vítimas de atos de discriminação. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (62), 184-207. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i62p184-207
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Artigos
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