Do rapa ao registro
a literatura de cordel como patrimônio cultural do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i72p245-261Palavras-chave:
Literatura de cordel, patrimônio cultural, história intelectualResumo
Em 2018 a literatura de cordel foi registrada como patrimônio imaterial do Brasil pelo Inst ituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Este artigo problematiza essa patrimonialização, considerando o registro como resultado de um conjunto de ações mobilizadas por diversos agentes que há mais de um século promovem a difusão desse gênero enquanto forma de expressão cultural do Brasil. A partir da análise de matérias publicadas em jornais, da produção intelectual e do inventário realizado pelo Iphan, este artigo recupera alguns sentidos atribuídos à literatura de cordel ao longo do tempo. Proscrito, considerado uma leitura nefasta por autoridades policiais e parte da elite intelectual, esse gênero foi alvo de ações de repressão, como a proibição de venda e circulação de folhetos. No entanto, as práticas de repressão não arrefeceram sua presença no país através dos autores e leitores que a consideram uma expressão da voz popular, da memória e da identidade nacional.
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