Diários de Maria Isabel Silveira: vestígio e inscrição de uma voz

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i77p220-250

Palavras-chave:

Maria Isabel Silveira, Diário, narrativas, memória, história das mulheres, escrita feminina

Resumo

Este artigo aborda o conjunto de diários pertencentes a Maria Isabel Silveira, casada com o escritor e político Valdomiro Silveira, cujo acervo pessoal foi doado ao IEB/USP em 2006. Em meio aos documentos, atualmente sob a guarda da instituição, destaca-se o conjunto de 62 cadernos que pertenceram a Maria Isabel, entre os quais os volumes que acolheram a sua escrita diarística como registro do cotidiano de sua família, especialmente de seus filhos e, posteriormente, de seu dia a dia. O presente estudo versa sobre materialidade documental, escrita feminina e memória das mulheres, tendo como corpus os diários de Maria Isabel, uma mulher que, com rigor e disciplina, escreveu sobre si e, consequentemente, sobre sua época.

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Biografia do Autor

  • Mariana Diniz Mendes, Universidade de São Paulo

    Mariana Diniz Mendes é mestranda em Literatura Brasileira com bolsa de auxílio à pesquisa (Capes) no Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) e integrante do Conselho de Curadores do Prêmio Jabuti.

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Publicado

2020-12-03

Edição

Seção

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Como Citar

Diários de Maria Isabel Silveira: vestígio e inscrição de uma voz. (2020). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(77), 220-250. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i77p220-250