O viaduto que não caiu: a cidade como perda em Adoniran Barbosa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i81p115-140

Palavras-chave:

Adoniran Barbosa, Samba, Música popular

Resumo

A aparente ausência de sentido existente entre o embelezamento do Viaduto Santa Ifigênia e a tristeza desdobrada na canção de Adoniran Barbosa é o ponto de partida e de chegada deste artigo. O estudo da materialidade poético-musical dessa canção, que tematiza a possibilidade não concretizada de demolição de uma construção histórica, amparado em análises histórico-sociais sobre a formação e o desenvolvimento de São Paulo, norteiam nossa tentativa de interpretação do conjunto da obra do sambista paulista em torno do esforço por tornar visível aperda como núcleo da experiência de quem habita a cidade .

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Biografia do Autor

  • Gabriel S. S. Lima Rezende, Universidade Federal da Integração Latino-Americana

    Professor do curso de Música da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e orientador do Programa de Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras do IEB-USP.

  • Rogério Machado Braga, Rede Estadual de Ensino de São Paulo

    Professor da rede estadual de ensino de São Paulo. Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em História pela Universidade de São Paulo. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras do IEB-USP.

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Publicado

2022-04-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O viaduto que não caiu: a cidade como perda em Adoniran Barbosa. (2022). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(81), 115-140. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i81p115-140