Regina Gomide Graz: modernismo, arte têxtil e relações de gênero no Brasil

Autores

  • Ana Paula Cavalcanti Simioni USP; Escola de Artes, Ciências e Humanidades

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i45p87-106

Palavras-chave:

Regina Gomide Graz, arte têxtil, gênero, modernismo, art déco, sociologia da arte

Resumo

O artigo pretende discutir o modo como a disciplina história da arte é perpassada pela dimensão do gênero, particularmente em se tratando das obras de arte têxteis, tradicionalmente menos valorizadas por serem associadas a faturas e meios "naturalmente" femininos. Tal caso é esclarecedor do quanto, historicamente, a disciplina baseia-se em uma hierarquia de objetos que é construída mediante categorias que transcendem os limites do que é "puramente estético". A trajetória de Regina Gomide Graz - a introdutora das artes têxteis modernas no Brasil - permite-nos pensar a gênese das categorias valorativas e a maneira como, concretamente, as artistas do sexo feminino puderam negociar posições específicas dentro dos circuitos modernistas, lidando com diversas ordens de injunções sociais, como as limitações colocadas pelas parcerias artísticas, a divisão sexual do trabalho daí decorrente e os discursos socialmente disseminados sobre o que constituía uma arte "feminina".

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Publicado

2007-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Simioni, A. P. C. (2007). Regina Gomide Graz: modernismo, arte têxtil e relações de gênero no Brasil . Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 45, 87-106. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i45p87-106