Moderna República velha um outro ano de 1922

Autores

  • Lilia Schwarcz Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo FFLCH/USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i55p59-88

Palavras-chave:

Lima Barreto, ciência, loucura, Primeira República

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar diferentes recepções da jovem República, sobretudo em seus primeiros anos. Afinal, a tradição se inscrevia em meio à modernidade, e o novo se confundia com o velho. E é junto a esse caldo de paradoxos e conflitos que se desenha a Semana de Arte Moderna – um sopro de vanguarda, de cosmopolitismo e certo otimismo, nesse contexto – mas também outras experiências sociais de caráter mais político reivindicativo. Nesse sentido, ouso expor um pouco da experiência de Lima Barreto. Não para dela fazer um exemplo que ilumina toda uma época, ou muito menos “para estragar a festa” do ano de 2012. Ao contrário, ela representa um “outro caso”, outra face da mesma modernidade. Quem sabe ela sirva como testemunho do ambiente que assolou parte da intelectualidade brasileira de inícios do século, cada vez mais descrente dos destinos dessa nação, e, nesse caso, muito impactados pelos discursos raciais deterministas, os quais, após a abolição da escravidão, criavam um novo tipo de “desigualdade”, dessa feita pautada na biologia.

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Biografia do Autor

  • Lilia Schwarcz, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo FFLCH/USP
    Professora titular do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo FFLCH/USP

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Publicado

2012-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Moderna República velha um outro ano de 1922. (2012). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 55, 59-88. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i55p59-88