Cartas e diários de mulheres: uma função memorialística?

Autores

  • Françoise Simonet-Tenant Université de Rouen-Normandie, (Mont-Saint-Aignan

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i68p84-100

Palavras-chave:

Diário, correspondência, Juliette Drouet, Catherine Pozzi, Simone de Beauvoir

Resumo

Cartas e diários íntimos são peças de arquivos privados, ou mesmo documentos da intimidade. Que valor as mulheres atribuem a seus diários e correspondências? Elas se empenham em sua conservação, atribuindo a esses papéis alguma função memorialística? Pretendemos focalizar três mulheres que muito se devotaram à escrita, a exemplo de homens célebres com quem elas conviveram: Juliette Drouet (1806-1883), companheira de Victor Hugo durante 50 anos, endereçou 22.000 cartas ao famoso escritor; Catherine Pozzi (1882- 1934), mulher letrada, epistológrafa e cultora do diário, viveu com o poeta Paul Valéry uma relação amorosa e intelectual, cujos traços ficaram profundamente gravados na obra de ambos; Simone de Beauvoir (1908-1986), intelectual renomada, parceira de Sartre, também se dedicou à epistolografia e à escrita de diários. O que nos dizem esses três casos acerca do eventual interesse feminino em relação ao arquivamento de si, ao cuidado na conservação desses escritos pessoais e às suas modalidades de uso?

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Biografia do Autor

  • Françoise Simonet-Tenant, Université de Rouen-Normandie, (Mont-Saint-Aignan
    Professora de Literatura do Século XX e diretora adjunta do Centre d’Études et de Recherche Éditer/Interpréter (CÉRÉdI) de l’UFR Lettres et Sciences Humaines da Université de Rouen-Normandie.

Publicado

2017-12-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Cartas e diários de mulheres: uma função memorialística?. (2017). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 68, 84-100. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i68p84-100