O "cálculo" subjetivo dos cancionistas

Autores

  • Luiz Tatit Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i59p369-386

Resumo

Ao estabelecer a relação entre melodia e letra, o cancionista combina recursos naturais, procedentes da sua fala cotidiana (linguagem verbal com suas entoações), com recursos musicais de estabilização sonora (afinação das alturas, definição das durações rítmicas etc.) e ainda programa o andamento (mais rápido ou mais lento) das canções com suas recorrências temáticas ou suas curvas melódicas passionais para conduzir letras que falam ora de encontros afetivos eufóricos, ora de desencontros e sofrimentos. Embora os compositores e intérpretes criem dominâncias no uso desses recursos (mais fala e menos música ou vice-versa; mais tematização e menos passionalização ou vice-versa) a cada canção produzida, quase sempre promovem diferentes graus de mistura entre eles para obter um resultado artístico mais eficaz.

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Publicado

2014-12-01

Edição

Seção

Dossiê Canção Brasileira: Popular, Tradicional, Erudita

Como Citar

O "cálculo" subjetivo dos cancionistas . (2014). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 59, 369-386. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i59p369-386