Jaula de vidro

Autores

  • Silvia Viana Fundação Getúlio Vargas. Escola de Administração de Empresas de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i60p91-109

Palavras-chave:

Reality show, ideologia, trabalho, sofrimento, indiferença.

Resumo

Como novo formato da indústria cultural, os reality shows se tornaram objeto de interesse acadêmico na última década. Das variadas análises a seu respeito, as mais comuns são aquelas voltadas para o interesse gerado em um público ávido pelo obsceno, pelo perverso ou, em sentido lacaniano, por um “acesso imediato ao Real”. Na contramão dessa perspectiva, o presente trabalho busca desenvolver a hipótese segundo a qual tais programas apresentam, em sua forma engessada, não obstante a multiplicação de conteúdos, nossa própria fantasia social. Ou seja, não se trata de uma configuração barrada da cena social, mas daquilo mesmo que a sustenta: nossa reprodução no mundo de trabalho, organizado segundo a acumulação capitalista flexível. O presente ensaio não é uma síntese, mas a reapresentação de algumas das conclusões às quais cheguei em minha pesquisa de doutorado, a respeito de reality shows, realizada junto ao Departamento de Sociologia da USP.

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Biografia do Autor

  • Silvia Viana, Fundação Getúlio Vargas. Escola de Administração de Empresas de São Paulo
    Silvia Viana Professora do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV). Doutora pelo Departamento de Sociologia da Faculdade de Fliosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Autora do livro Rituais de Sofrimento (São Paulo, Boitempo, 2012). Participa do conselho editorial da Revista Forma-mercadoria e é autora colaboradora do Blog da Boitempo.

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Publicado

2015-05-04

Edição

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Artigos

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