Por uma antropologia do entre: reflexões sobre um novo e urgente descentramento do humano

Autores

  • Stelio Marras Universidade de São Paulo (USP, São Paulo, SP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p250-266

Palavras-chave:

Entreviver, ameaças ecológicas, Antropoceno, cosmopolítica

Resumo

Neste artigo pretende-se refletir sobre problemas de antropologia contemporânea visando a ressituar o objeto da disciplina (o humano e suas relações) face às crescentes ameaças ecológicas do presente e do futuro desse presente. Tais problemas apontam para um novo descentramento do humano em relação ao cosmos, o que implica repor a pergunta sobre quem ou o que mesmo descrevemos em nossas etnografias. A realidade humana será a realidade do humano? O desafio é o de encarar o fundamento inerentemente antropocêntrico da antropologia (como, de resto, das ciências sociais e das humanidades) como condição para engendrarmos descrições mais realistas que respondam a esse descentramento e abram passagem a abordagens que permitam reconhecer novas coalizões políticas (se não melhor, cosmopolíticas) que apontem para continuidades entre humanos e seus mundos, conforme indica parte importante do pensamento contemporâneo.

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Biografia do Autor

  • Stelio Marras, Universidade de São Paulo (USP, São Paulo, SP)
    Professor de Antropologia do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP), pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios (CEstA/USP) e foi pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) durante o segundo semestre sabático de 2017.

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Publicado

2018-04-27

Edição

Seção

Dossiê de Antropologia: Entreviver – desafios cosmopolíticos contemporâneos

Como Citar

Por uma antropologia do entre: reflexões sobre um novo e urgente descentramento do humano. (2018). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 69, 250-266. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p250-266