Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira

Autores

  • Pedro Fernando da Costa Vasconcelos OMS; Laboratório de Arbovírus; Instituto Evandro Chagas
  • Jorge Fernando Soares Travassos da Rosa OMS; Laboratório de Arbovírus; Instituto Evandro Chagas
  • Amélia Paes de Andrade Travassos da Rosa OMS; Laboratório de Arbovírus; Instituto Evandro Chagas
  • Nicolas Dégallier CNPq; Instituto Evandro Chagas
  • Francisco de Paula Pinheiro PAHO/WHO
  • Gregório Carrera Sá filho OMS; Laboratório de Arbovírus; Instituto Evandro Chagas

Palavras-chave:

Encefalites, Arbovírus, Epidemiologia, Amazônia, Brasil

Resumo

Os autores revêem os aspectos ecoepidemiológicos apresentados pelos virus da encefalite de St. Louis (SLE), encefalites equinas Leste (EEE), Oeste (WEE) e Venezuelana [subtipos III, Mucambo (MUC) e IV, Pixuna (PIX)], decorrentes dos estudos realizados em diversas áreas da Região Amazônica brasileira, especialmente ao longo das rodovias e projetos de desenvolvimento. Esses vírus são amplamente distribuídos na Amazônia e pelo menos quatro deles, EEE, WEE, MUC e SLE já demonstraram ser patógenos do homem. O diagnóstico da doença humana foi feito por sorologia, sendo que de MUC e SLE obteve-se também isolamento viral. O vírus PIX, parece ser o menos prevalente e foi isolado em poucas oportunidades. Virtualmente se desconhecem os vetores do PIX e WEE. As aves silvestres constituem os hospedeiros principais de todos esses vírus, exceto do MUC, para o qual constituem os roedores. O quadro clínico apresentado pelos pacientes infectados na Amazônia é discutido, comparando-o ao apresentado em outras áreas, especialmente nos EUA, onde periodicamente SLE, EEE e WEE causam surtos de doença humana. Nenhuma epidemia foi até o presente detectada, embora em 1960 uma epizootia em eqüinos causada pelo EEE tenha sido registrada em Bragança, Pará, onde em um rebanho de 500 animais ocorreu uma letalidade de 5%. Quatro outras pequenas epizootias determinadas pelo SLE ocorreram nas florestas adjacentes a Belém, envolvendo aves silvestres e animais sentinelas.

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Publicado

1991-12-01

Edição

Seção

Epidemiologia

Como Citar

Vasconcelos, P. F. da C., Travassos da Rosa, J. F. S., Travassos da Rosa, A. P. de A., Dégallier, N., Pinheiro, F. de P., & Sá filho, G. C. (1991). Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 33(6), 465-476. https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/28874