[1]
E. M. HEINS-VACCARI, “ Os autores registram caso de infecção cutânea em transplantado de medula óssea provocada por Phialemonium curvatum Gams et Cooke, 1983. O gênero Phialemonium foi criado em 1983 por Gams & McGinnis, com três novas espécies: Ph. obovatum, Ph. curvatum e Ph. dimorphosporum, sendo intermediário entre Acremonium e Phialophora. Atualmente este fungo é considerado como feóide, podendo provocar eventuais lesões de feo ou hialo-hifomicose. Espécies deste gênero vêm sendo descritas como agentes oportunistas em seres humanos e em outros animais, principalmente na vigência de imunossupressão. No caso que registramos, o paciente era portador de mieloma múltiplo, tendo recebido transplante halogênico sendo doador seu irmão, HLA-compatível. Dois meses após o transplante, lesões nodulares, arroxeadas e dolorosas surgiram no tornozelo direito. Algumas dessas lesões drenaram espontaneamente, com a demonstração de filamentos micelianos aparentemente hialinos, cultivando-se Ph. curvatum inicialmente identificado como Acremonium sp. Foi instituido tratamento com anfotericina B e, posteriormente, itraconazol. Debridamento cirúrgico das lesões foi instituido com dois enxertos cutâneos para fechamento da área cruenta. Profilaxia secundária com cetoconazol, mantida por mais de um mês e depois suspenso, sem recidiva do processo. Os autores fazem comentários sobre a patogenicidade do gênero Phialemonium. ”, Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, vol. 43, nº 3, p. 163–166, jun. 2001, Acessado: 18º de maio de 2024. [Online]. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/30514