Nômades: as práticas errantes no ensino, na pesquisa e na extensão em arquitetura e urbanismo – Por um (re)conhecimento urbano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.160287

Palavras-chave:

Práticas errantes, Ensino, Pequisa e Extensão, Reconhecimento urbano

Resumo

Este artigo apresenta algumas reflexões sobre os desdobramentos de ações realizadas em um contexto paulista e discute as novas experiências que temos realizado em solo catarinense, para atualizar o legado de artistas e arquitetos em suas práticas errantes. Cercados de nomadismos, queremos explicitar uma proposta de contaminação do Ateliê de Projeto com o ambiente urbano, diante da difícil tarefa de descrever as conformações urbanas contemporâneas. Um esforço de percepção que tenta assimilar deambulações, derivas e a prática do caminhar, no ensino de graduação e de pós-graduação, além do seu atrelamento às pesquisas de iniciação científica e de mestrado que orientamos em contextos citadinos bastante diversos, tendo em vista, ainda, os possíveis rebatimentos na extensão universitária, rumo a um (re)conhecimento urbano.

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Biografia do Autor

  • Evandro Fiorin, Universidade Federal de Santa Catarina

    Arquiteto e Urbanista. Doutor em Arquitetura e Urbanismo. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

2022-07-14

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Fiorin, E. (2022). Nômades: as práticas errantes no ensino, na pesquisa e na extensão em arquitetura e urbanismo – Por um (re)conhecimento urbano. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 20, 203-222. https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.160287