Membranas Urbanas: a cena e o cenário da cidade

Autores

  • Nilberto Gomes de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte ( UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v17i3p84-96

Palavras-chave:

Morfologia urbana, Membranas urbanas, Cidades

Resumo

Partindo da segmentação dos elementos do tecido urbano, propomos fazer um caminho inverso, reunindo/constelando sob a denominação de membranas urbanas três elementos urbanos circunvizinhos: o passeio, as fachadas e os ambientes internos contíguos à fachada. Sobre estas membranas urbanas, entendemos, incidem as preocupações e ações dos diversos agentes urbanos que, entre motivações, pretendem sanar as feridas produzidas pelo urbanismo moderno. Para levar adiante nossa reflexão discorremos de maneira breve sobre o tecido urbano e sua segmentação, sobre os manuais de desenho urbano e sobre o conceito de urbanidade. Buscamos afirmar as membranas urbanas como lócus privilegiado das intervenções públicas e privadas, como cena e cenário da cidade e do urbanismo estratégico neoliberal. São reflexões iniciais que esperamos possam apontar um espaço promissor para contribuições que lancem novas perspectivas sobre o estudo da morfologia urbana, sobre os efeitos das edificações no urbano e sobre à urbanidade, questões que rondam o universo de intervenções que pretendem tornas estas áreas dinâmicas, sustentáveis e viáveis economicamente por meio da renovação ou reconstrução de frações específicas da cidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGUIAR, D.; NETTO, V. M. Urbanidades. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2012. (org.).

ALLIES, B.; HAIGH, D. The Fabric of Places. London: Artifice Books on Architecture, 2014.

ARANTES, O. B. F. O lugar da arquitetura depois dos modernos. São Paulo: Edusp/tudio Nobel, 1993.

BENJAMIN, W. Origem do drama trágico alemão. São Paulo: Autêntica, 2013.

BENTLEY, I. et al. Responsive environments, a manual for designers. 2005. ed. Oxford: Architectural Press, 1985.

COELHO, C. D. et al. Cadernos Murb - Os elementos urbanos. Lisboa: Argumentum, v. 1, 2013.

HAMM, O. G.; FEIREISS, K. Transforming cities: urban interventions in public space. Berlin: Jovis, 2015.

HILLIER, B.; HANSON, J. The Social Logic of Space. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

HOLANDA, F. D. O espaço de Exceção. Brasília: FRBH, 2013.

JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

JACQUES, P. B.; PEREIRA, M. D. S. Nebulosas do pensamento urbanístico: tomo I - modos de pensar. Salvador: EDUFBA, 2018. 335 p.

KARIMI, K. A refletion on "Order and structure in urban design". The Journal of space sintax, Londres, 3, 13 august 2012.

KOOLHAAS, R. Nova York delirante: um manifesto retroativo para manhattan. São Paulo: Casac Naif, 2008.

LAMAS, J. M. R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.

LANG, J. Urban design: a tipology of procedures and products. London: Architectural Press, 2005.

LEFEBVRE, H. La production de l'espace. Paris: Anthropos, 1986.

LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Tradução de Sérgio Martins. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

LYNCH, K. A Imagem da cidade. Tradução de Jefferson Luiz. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MORALES, M. D. S. Espacios públicos/espacios colctivos. La Vanguardia, Barcelona, p. 7, Maio 1992.

NETTO, V. M. O efeito da arquitettura: impactos sociais, econômicos e ambientais de diferentes configurações de quarteirão. Vitruvius, São paulo, p. 10, 11 out 2017. Disponivel em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.079/290>. Acesso em: 11 outubro 2017.

NETTO, V. M. et al. Urbanidades. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2012.

NEW YORK CITY. High performance infrastructure guidelines. New York: NYDDC, 2005.

NEW YORK CITY. New York City department of transportation. New York: NYDT, 2015.

PANERAI, P. Análise Urbana. Tradução de Francisco Leitão. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006. 198 p.

ROSSI, A. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SALINGAROS, N. A. Principles of Urban Structure. Amsterdan: Techne Press, 2005. 252 p.

SÃO PAULO. Lei 16.050 de 31 de julho de 2014. São Paulo: [s.n.], 2014. 243 p.

SÃO PAULO. Lei n 16.402, de 22 de março de 2016. São Paulo: Diário Oficial do Município de São Paulo, 2016.

SILVA, R. C. D. Urbanismo paramétrico: parametrizando urbanidade. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2010.

TENÓRIO, G. Ao desocupado em cima da ponte, arquitetura e vida pública. Brasília: [s.n.], 2012. 391 p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - FAculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília.

VALENÇA, M. M. Arquitetura de grife na cidade contemporânea. tudo igual mas diferente. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016.

VENTURI, R.; BROWN, D. S.; IZENOUR, S. Learning from Las Vegas: the forgotten symbolism of architectural form. Cambridge: MIT Press, 1977.

YEANG, L. D.; BAXTER, A. Urban Design Compendium 1. London: English Partnership, 2000.

Downloads

Publicado

2019-12-14

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Sousa, N. G. de. (2019). Membranas Urbanas: a cena e o cenário da cidade. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 17(3), 84-96. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v17i3p84-96