Delírios ambulatórios e derivas urbanas
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2022.200061Palavras-chave:
Delirium Ambulatorium, Deriva, Parangolé, TropicáliaResumo
O artigo analisa as errâncias pelo grande labirinto realizadas por Hélio Oiticica (HO) e sua noção de Delirium
Ambulatorium, próxima à concepção de deriva urbana dos situacionistas. Tendo em vista a não separação entre vida
e obra em HO, bem como entre questões urbanas e corporais, o texto discute os vínculos entre corpo e ambiente
nos diversos trabalhos de HO, dos parangolés a Tropicália. Retomando a noção de deriva e a psicogeografia desde os
letristas, o artigo aponta o diálogo entre ideias situacionistas e tropicalistas.
Downloads
Referências
Basualdo, Carlos. Vanguarda, cultura popular e indústria cultural no Brasil. In: catálogo Tropicália: uma revolução na cultura brasileira 1967-1972. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
Bentes, Ivana (org.). Multitropicalismo, cine-sensação e dispositivos teóricos. In: catálogo Tropicália: uma revolução na cultura brasileira 1967-1972. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
Cardoso, Ivan. Hélio Oiticica, entrevista a Ivan Cardoso. Folha de São
Paulo, São Paulo, 16 nov.1985.
Coelho, Frederico. Nota editorial. In: Tropicália. Rio de Janeiro: Azougue editorial, 2008.
______. Livro ou livro-me: os escritos babilônicos de Hélio Oiticica (1971 -1978). Rio de Janeiro: ed. UERJ, 2010.
Constant (Constant Nieuwenhuys). O grande jogo do porvir. Original de 1959, publicado em Potlatch 30. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
Debord, Guy. L’Architecture et le jeu. Boletim Potlatch 20, 30 maio 1955.
Debord, Guy. A sociedade do espetáculo, original de 1967. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
______. Introdução a uma crítica da geografia urbana. Original
de 1955, publicado na revista Les Lèvres Nues. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______. Relatório sobre a construção de situações e sobre as condições de organização e de ação da tendência situacionista internacional. Original de 1957, texto apresentado na conferência de fundação da IS, em julho de 1957. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______. Teoria da deriva. Original de 1956, publicado na revista
Les Lèvres Nues e republicado na IS 2 em 1958. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______. Écologie, psychogéographie et transformation du milieu urbain. In: Oeuvres. Paris: Gallimard, 2006.
Debord, Guy E.; Fillon, Jacques. Résumé 1954. Boletim Potlatch 14, 30 nov.1954.
Huizinga, Johan. Homo Ludens. O jogo como elemento da cultura. Original de 1938. Trad. João Paulo Monteiro. 5a ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
IL (Internacional Letrista). Le jeu psychogéographique de la semaine, boletim Potlatch 1, 22 jun. 1954.
______. Une idée neuve en Europe, boletim Potlatch 7, 03 ago.1954. IS (Internacional Situacionista). Contribuição para uma definição
situacionista de jogo. Revista IS 1, 06/1958. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______. Crítica ao Urbanismo, revista IS 6, 08/1961. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______. Manifesto. 17 maio 1960. Revista IS 4, 06/1960. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
Jacques, Paola Berenstein. Estética da ginga: A arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2001.
______. (org). Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
______.Elogio aos errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
Kotányi, Attila ; Vaneiguem, Raoul. Programa elementar do bureau de urbanismo unitário, revista IS 6, 08/1961. In: Jacques, Paola Berenstein (org.), Apologia da Deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
Le Corbusier (pseudônimo de Charles-Édouard Jeanneret). Précisions: sur un état présent de l’architecture et de l’urbanisme. original de 1930. Paris: Fondation Le Corbusier, Altamira, 1994.
Lefebvre, Henri. La critique da la vie quotidienne II: Fondements d’une sociologie de la quotidienneté. Paris: L’arche, 1963.
______.Le droit à la ville. Paris: Anthropos, 1968.
McDonough, Tom. The Dérive and Situationist Paris/ La deriva y el París situacionista. In: Catálogo Situacionistas: arte, política, urbanismo. MAC-BA: Barcelona, 1996.
Neto, Torquato. Torquatália 3, original de 1968. In: Torquatália, geléia geral. Organização Paulo Rodrigo Pires. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
Oiticica Filho, César, EncontrHOs. In: Hélio Oiticica. Rio de Janeiro:
Azougue editorial, 2009.
Oiticica, Hélio. Anotações sobre o Parangolé. In: catálogo da
exposição Opinião 65, MAM-RJ, 1965.
______. Posição Ética. jul.1966.
______. Aparecimento do Suprasensorial. nov./dez.,1967.
______. Esquema Geral da Nova Objetividade. In: Catálogo da exposição Nova objetividade brasileira, MAM-RJ, 1967.
______. A trama da Terra que Treme: o sentido de vanguarda do grupo baiano. 24 set.1968.
______. Balanço da cultura brasileira. 1968.
______. Tropicália. 04 mar.1968.
______. Sem título. 24 out. 1969.
______. Crelazer. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, 06 ago.1970. ______. Sem título. notas avulsas. 01 set.1971.
Oiticica, Hélio. Sem título. notas avulsas. 10 jun.1971b. ______. Parangolé Síntese. 26 jun./26 dez.1972.
______. Monólogo de Romero: a ser lido e gravado em cassette tape por Romero. 02 jan.1973.
______. EU em MITOS VADIOS/IVALD GRANATO, Texto/release. 24 out.1978.
______. Sem título. Anotações manuscritas em caderno. 1979.
Rocha, Glauber. Tropicalismo, Antropologia, Mito, Ideograma. In: Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra, 1981.
Rossetti, Eduardo Pierroti. A Tropicália de Lucio Costa: o Brasil na XII Trienal de Milão, revista Arquitextos 068. São Paulo, jan. 2006.
Salomão, Waly. Me segura qu’eu vou dar um troço. Original de 1972. Rio de Janeiro: Aeroplano, Biblioteca Nacional, 2003.
______. Qual é o Parangolé? Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1996.
Veloso, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
Vianna, Hermano. Não quero que a vida me faça de otário! Hélio Oiticica como mediador cultural entre o asfalto e o morro. In: Gilberto Velho (org.), Mediação, Cultura e Política, Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.
Viénet, René. Enragés et situationnistes dans le mouvement des occupations. Paris: Gallimard, 1968.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Paola Berenstein Jacques

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).